A aposentada Cenira Teixeira da Cruz, 75, conhecida doceira da cidade que hoje reside em Santa Cruz do Sul, não pensou duas vezes antes de viajar para o Canadá, mesmo sem falar inglês e arranhando no espanhol, quando recebeu o convite de um casal de amigos para percorrer o país de motorhome. Cenira visitou 23 cidades canadenses, dentre elas Toronto, Banff, Jasper, Vancouver, Calgary, Winnipeg e Regina. “Eu tinha vontade ir para fora do Brasil e aproveitei a oportunidade”, diz.


 

Vista para as montanhas cobertas de neve, dentro do Parque Nacional

Gastronomia

“A comida do Canadá era muito boa. Tinha muita batata frita, churrasco que às vezes vinha muito tostado, comida pronta e refrigerante. No café da manhã eles servem ovos fritos, panquecas e bacon. Por isso os canadenses são gordos”.


Clima

“O que mais me surpreendeu foi a quantidade de gelo e ver um caminhão distribuindo sal para derretê-lo. Estranhei a temperatura porque cheguei num verão quente e saí de lá com 18 graus negativos, com muita roupa, tinha até dificuldade de caminhar”.


Impressões

“Lá não tem grades na frente das casas e não se vê pessoas pedindo auxílio. Eu me sentia com bastante segurança nos lugares. É uma cidade muito limpa e aconchegante. Nunca vi brigas ou roubos”.


Saia justa

“O que eu vi de mais curioso foi em Banff, onde também passei por uma saia justa. Nós fomos de motorhome, que era a nossa casa, e ficamos em um camping onde pude ver os ursos bem de pertinho. A estrada era numa montanha sem acostamento e nenhuma segurança, não se enxerga o fim. Eu fiquei tão nervosa que pensei: ‘Se cairmos, ninguém mais vai ficar sabendo da gente’. Lá eu vi um caçador sendo estraçalhado por um urso e fiquei muito apavorada. Tive vontade naquela hora de vir embora”.




Lago Louise, no Parque Nacional de Banff, um paraíso azul de águas glaciais situado nas montanhas rochosas canadenses



As montanhas que rodeiam o Lago Louise



Cenira ao lado do motorhome na estrada



Carro coberto de gelo em Calgary