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Do amor ao sexo Edição 115 - julho de 2017

O que atrapalha o tesão das mulheres e como lidar com isto

» Izabel Eilert (izabeleilert@terra.com.br)/psicóloga e terapeuta sexual


Pouco tempo de preliminares - Companheiros com pressa de irem para a penetração não dão o tempo suficiente que a mulher necessita para elevar seu nível de excitação, que é quatro vezes maior que o tempo que o homem precisa.
 
O que fazer: investir em beijos, abraços, toques íntimos, sexo oral, dando o tempo que a mulher necessita para ir entrando no clima erótico, sem pressa, pois quanto mais excitação acontecer, maior será seu nível de prazer durante a penetração e maior será a intensidade do orgasmo.
 
As mulheres pensam muito pouco em sexo durante o dia, não estimulando o erotismo mental. Elas tendem a ter primeiro o pensamento crítico, já os homens tendem a ter primeiro o pensamento erotizado. Quanto mais pensamentos eróticos existirem, mais facilmente o desejo surgirá. Quanto mais se pensa em sexo, mais vontade de praticá-lo; quanto menos se pensa, mais distante fica o desejo... 
 
O que fazer: manter o pensamento erotizado com fantasias eróticas durante o dia, ler contos eróticos pelo menos uma vez por semana, mandar mensagens insinuantes para o parceiro sexual, manter o beijo presente entre o casal (que tende a manter a mulher ligada intimamente ao parceiro), tentar focar nos toques durante a transa para que os pensamentos intrusivos e críticos fiquem afastados e assistir a filmes eróticos (não pornográficos) pode ajudar.
 
A sobrecarga do dia a dia, o cansaço e múltiplas tarefas baixam o desejo e a disposição para o sexo.
 
O que fazer: no mundo moderno, a mulher está pluri, com tarefas no lar, no trabalho e na sociedade deixando-a com uma sobrecarga. Mas isto não pode fazer com que ela se abandone. A mulher deve manter sua saúde emocional e física, e o sexo está incluído aqui. Reserve um tempo para namorar, deixe uma noite para curtir a dois, tome um banho com ele e erotize ao máximo este momento, não deixe de masturbar-se, pois mantém o desejo em alta e alivia as tensões sexuais.
 
Alterações hormonais, principalmente mudança hormonal na menopausa, podem gerar baixa de desejo na mulher. 
 
O que fazer: as alterações hormonais influenciam no desejo sexual, podendo deixar a mulher praticamente sem libido nos períodos pós-parto, da amamentação e da menopausa. Se esses sintomas chegarem a atrapalhar a vida sexual e/ou conjugal, a mulher deve procurar o médico ginecologista para avaliar com exames a necessidade de algum tratamento específico. É importante que o companheiro respeite esta fase que a mulher está passando.
 
Doenças em si ou na família podem baixar o desejo sexual. A depressão também é uma doença que inibe muito o desejo.

O que fazer: as doenças físicas geralmente levam ao pensamento da morte numa associação mental, oposto ao pensamento mental do sexo, que é o pensamento de vida. Por isto, pessoas que estão com diagnósticos de doenças, ou acamadas ou com dor, tendem a inibir o desejo sexual. Nesta fase, o respeito à pessoa que está passando por tal situação deve vir em primeiro lugar. Caso esse período seja demasiado grande, o casal deve conversar e pensar em buscar ajuda profissional para aliviar este sintoma. 
 
Todas as crises que gerem nível alto de estresse podem levar à baixa do desejo sexual, como, por exemplo, falta de dinheiro, desemprego, morte na família, doença, etc.
 
O que fazer: altos níveis de estresse costumam baixar a libido, deixando toda a atenção da pessoa voltada para a fonte do esgotamento. O ideal é tentar perceber se há algo que possa ser feito a respeito da fonte do estresse para que essa possa ser aliviada. Caso não haja o que fazer, o ideal é que a pessoa se permita vivenciar aquele momento da sua vida sem se cobrar desempenho sexual. Esta fase vai passar, com a tendência de se restabelecer todo fluxo natural da vida. Caso isso não aconteça, o apoio de um profissional da saúde é bem-vindo para ajudar a pessoa a passar por essa crise sem pagar um preço tão alto. 
 
Sexo ruim - Quando o sexo é ruim, mal feito, sem preliminares ou envolvimento, sem tempo para o prazer subir (não estou falando daquela “rapidinha” que pode ser muito excitante para os dois) ou com egoísmo por parte de um, a tendência é o outro não ter vontade de repetir.
 
O que fazer: o sexo quando é bom e bem feito gera na memória da pessoa o registro positivo, levando-a a querer repetir aquela sensação prazerosa. Já o contrário também é verdadeiro, pois quando a memória é de desprazer a pessoa tende a evitar as sensações desprazerosas. O ideal é que esse casal possa ampliar os seus momentos de prazer e também rever por que a qualidade do sexo está tão ruim, modificando esses aspectos negativos para, assim, tornar o sexo um registro de prazer e querer repeti-lo.
 
 
Psicóloga e terapeuta sexual
 





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