Quando a VIDA SEXUAL começa mal
» Izabel Eilert (izabeleilert@terra.com.br)/psicóloga e terapeuta sexual
O sexo é muito importante na vida de todos. Muitas emoções estão nele contidas, desde a expressão mais pura do amor até o desejo mais ardente do erotismo. Pode envolver o sentimento maduro, o sexo casual ou iludido e a curiosidade sexual, só não pode ser uma relação forçada ou que só um esteja gostando.
A iniciação sexual sempre é significativa. Independentemente de como ela foi, é o “marco zero”, um início que vai condicionar o futuro da vida sexual. Quando o sexo começa mal fica uma marca para sempre, ligando o prazer com uma experiência negativa, o que faz com que as próximas vivências íntimas venham acompanhadas de medo ou de receio.
Entretanto, o sexo deve ser uma experiência prazerosa e tranquila, onde a ansiedade não pode estar presente, pois se estiver vai só atrapalhar – seja na excitação ou na obtenção do orgasmo. Afinal, prazer e tensão não combinam! Pessoas que iniciaram com trauma, como estupros, abusos na infância ou sangramentos excessivos no rompimento do hímen, podem ter mais dificuldades, mas existe como trabalhar isso.
O ideal é que se tenha acompanhamento de um profissional da área da saúde - ginecologista, urologista ou psicólogo especializado em terapia sexual. Pode-se utilizar técnicas de dessensibilização, psicoterapia de apoio, orientação, enfim, existem muitas formas de auxílio que podem levar quem teve um trauma a separar o que foi o momento ruim inicial do restante de sua vida.
Então, se sua iniciação sexual não foi lá essas coisas, não pense ou acredite que tudo está perdido. Nada disso, o que começou mal não tem que continuar ou terminar mal. Se você não teve escolha naquela situação inicial, agora tem! Procure reiniciar, lhe dar uma nova chance, deixar o passado como algo que aconteceu, mas que não tem por que continuar sendo. O que passou não se pode mudar, mas a maneira como vemos o que se passou pode ser diferente, e isso faz toda a diferença.
“Se sua iniciação sexual não foi lá essas coisas, não pense ou acredite que tudo está perdido”.
Psicóloga e terapeuta sexual
EDIÇÃO IMPRESSA
BUSCADOR