Um casal que trabalha junto todos os dias, que fica praticamente sem novidades um para com o outro, pode ainda ter desejo sexual quando vai para casa após o expediente? Claro que pode! Na parceria amorosa, as pessoas têm que “trabalhar” juntas para conseguirem um bom resultado, o que não é muito diferente do que acontece na relação profissional.

Esta cumplicidade pode existir tanto no trabalho como na cama, mas o casal deve saber que existem limites e papéis bem distintos entre os dois locais. Por exemplo: no trabalho ela pode ser muito decidida, e no sexo pode querer ser guiada e conduzida ao prazer pelo homem.

Outra questão é não trazer para o profissional, e vice-versa, questões malresolvidas. Se brigarem na reunião, não devem levar isto para casa e continuarem “descontando a duplicata” da raiva e da frustração na intimidade, porque assim não tem sexo que vá existir.

Falar de trabalho quando estão em casa parece absolutamente tentador, mas cuidem para não tornar os jantares em família em “jantares de negócios”. Tenham outros assuntos para falar quando estão em casa. Sei que é difícil, mas a vida em família não é uma extensão da sala de reuniões.

Apesar de muitos pensarem que a situação ideal para um casal é não trabalhar junto, não vejo este sendo o ponto mais importante da questão. Na minha prática terapêutica, vejo que o mais importante para um casal se manter sadio é que ele consiga preservar o erotismo e a intimidade.

Invista na sedução, crie mistérios, crie novidades e use a imaginação quando sair do horário comercial. Assim, o sexo pode existir perfeitamente entre este casal, parceiros profissionais, mas cada um cuidando do seu trabalho e do erotismo para as duas relações se manterem bem.



 

“Invista na sedução, crie mistérios, crie novidades e use a imaginação quando sair do horário comercial”.

Izabel Eilert
Psicóloga e terapeuta sexual
izabeleilert@terra.com.br