Algumas pessoas diante das dificuldades cruzam os braços e esperam que a vida melhore por conta. Sara Regina da Gama Mór, 57, a Pirica Mór, não quis correr o risco de contar com a sorte e decidiu que a paralisia infantil não seria empecilho para uma vida cheia de atividades. Muito dessa energia vem do fato de sempre ter sido tratada de forma igual pelos pais. “Fui uma pessoa incluída na minha família e na sociedade, eu nunca me senti pior do que os outros e sempre ouvi dos meus pais que era capaz de qualquer coisa”, conta. A prova dessa capacidade é ter trabalhado como funcionária pública durante 32 anos, sendo os últimos 21 na Justiça do Trabalho. “Entrei numa época em que não existia cota para deficiente, concorria igual aos demais candidatos”, lembra. Hoje, já aposentada, Pirica segue lutando pela igualdade para todos os que sofrem com algum tipo de deficiência. Além disso, ela dedica boa parte do seu tempo à política e nas horas livres gosta de dirigir seu carro e dançar. “Eu me permito ter uma vida normal”, ressalta.






Na contramão das relações que duram cada vez menos tempo está o casal Isabel Ramos da Silva, 82, e José Hermínio da Silva, 94, que dia 25 de novembro completam as sonhadas bodas de diamante – símbolo dos 60 anos de casamento. Isabel é natural de São José dos Campos (SP) e José Hermínio de Cachoeira do Sul, mas mesmo com tantos quilômetros de distância o destino os uniu quando ele viajou até a cidade dela para levar um amigo para fazer tratamento médico. Isabel conta que escreveu uma carta logo que o conheceu e depois dessa muitas vieram durante todo o ano que namoraram por correspondência. “Acreditem: guardamos essas cartas até hoje”, contam. Um ano e meio depois, mesmo tendo se encontrado somente duas vezes, eles subiram ao altar. Do amor nasceram seis filhos, todos com os nomes José e Maria: João José, 59, Flora Maria, 56, Maria Isabel, 55, José Hermínio, 54, Maria Regina, 53, e José Eduardo, 51. O segredo dessa união duradoura? Muita cumplicidade e carinho. Até hoje, todo dia 25 de cada mês, dona Isabel faz pudim de leite, o doce favorito de Hermínio para comemorar mais um mês de união. Quem quiser saber mais dessa história, basta ler o livro: “Uma história de amor”, de autoria da própria dona Isabel.




Quem se arriscaria a colocar uma mochila nas costas e se aventurar por países desconhecidos? Poucos diriam o sim com tanta firmeza como o estudante de engenharia de produção Gistá Scarparo. O jovem de 24 anos sempre teve vontade de morar no exterior e decidiu que era a hora certa em dezembro do ano passado, quando faltava um ano para se formar. A mãe garantiu um mês em Londres (Inglaterra), depois disso ele teve que lutar para se manter mais nove meses pela Europa. “Estudava na Avalon Scholl pela manhã e a noite trabalhava como garçom ou barman. Garantia o sucesso dos drinks com a caipirinha que era uma das mais pedidas”, conta. De volta ao Rio Grande do Sul no mês passado, ele traz na bagagem lembranças e muita experiência de vida. “Foi incrível. Conheci 10 países, como Itália e França. Além disso, tive a oportunidade de ver celebridades e casamentos tradicionais de famílias inglesas com direito até a carruagem”, lembra Gistá que também passou por momentos de dificuldade até se adaptar – ele perdeu 10 quilos durante o tempo que esteve no exterior.