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Gente EDIÇÃO 40 - SETEMBRO 2010

Uma vida de comerciante


Numa época em que as mulheres dedicavam seu tempo apenas aos trabalhos domésticos e cuidados com a família, lá estava, atrás do balcão, dona Julieta Sório, que nesse ano completa cinco décadas de dedicação ao comércio de Cachoeira do Sul. Ela que foi uma das precursoras do trabalho feminino fora de casa e longe das salas de aula (já que na década de 50 mulheres que trabalhavam eram quase sempre professoras), segue na ativa até hoje. Engana-se quem pensa que ela não pega no pesado mais. Sua rotina começa cedo. Dona Julieta, junto ao marido Erni Sório, é a primeira a chegar à loja da família e a última a sair. Responsável por todas as compras e gerenciamento de funcionários, ela que está com 80 anos, garante não querer parar. "Dediquei minha vida toda ao trabalho e nas raras vezes que não posso vir para a loja fico sem saber o que fazer em casa", observa. Um exemplo de luta, assim se pode definir dona Julieta.














Na lida do campo

Desde pequeno acostumado com as lidas do campo, o bacharel em Direito Fábio da Silva Carvalho, 35, resolveu seguir os passos do pai Juarez de Oliveira Carvalho, 65, aliando o Direito com a vida rural. Como bom apreciador da cultura gaúcha, Fábio é um adorador de cavalos, tanto que há quatro anos possui a hospedaria e centro de doma de cavalos Custódio Lopes & Pé no Estribo. Especializada em doma de animais para os mais diversos concursos, como freio de ouro ou provas de tiro de laço e na preparação dos animais para cavalgadas e desfiles, a empresa fica localizada próximo ao Aeroclube, em propriedade que também abriga a residência de Fábio. “Quando gostamos de alguma coisa, o melhor para ter sucesso é aliar paixão à profissão e foi isso que fiz. Hoje desempenho um trabalho que poucos fazem em Cachoeira e me sinto gratificado”, diz Fábio que na foto aparece com o domador do centro Jocemar de Oliveira, 36.








Paixão pela música

Na carreira, o Exército, na atividade que mais lhe dá satisfação, a música. Assim é Luiz Machado Fagundes (na foto com o grupo Arte e Música), 57, conhecido como maestro Fagundes. “Maestro não, regente”, explica logo para evitar confusão. Sem formação musical, mas com muita admiração pela arte, Fagundes começou a tocar trompete e percussão nas antigas bandas do Instituto João Neves da Fontoura e Colégio Marista Roque nos anos de 1966 e 1967. Chegar a regente foi um pulo e durante cinco anos ele regeu a banda do 3º Batalhão de Engenharia e Combate. Hoje, toda sua experiência é passada para os alunos da Banda Marcial Gonçalvense. Além disso, Fagundes dedica-se voluntariamente ao grupo Arte e Música que ele mesmo criou e coordena. Formado por 24 meninas que tocam escaletas, um instrumento musical de sopro, o sucesso do Arte e Música é o sonho de Fagundes. “Poder levar alegria e um pouco de conhecimento aos outros é minha recompensa”, ressalta.





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