Modelo há pouco mais de um ano, o cachoeirense Cristian Bauer, de 20 anos, está de olho na carreira internacional, tanto que já se prepara para logo começar a trabalhar na Europa ou na Ásia. Ele chegou a ser avaliado por caça-talentos quando ainda morava em Cachoeira, mas foi em Porto Alegre que começou a carreira. Bauer trabalhava em uma loja de artigos esportivos quando começou a atuar como modelo, realizando trabalhos no Estado e em São Paulo. Desde o fim do ano passado ele mora na capital paulista, onde desfila e enfrenta longas sessões de fotos. Recentemente participou do São Paulo Fashion Week e do Fashion Rio, desfilando para marcas e estilistas reconhecidos internacionalmente. No começo do ano chegou a ser capa de uma revista argentina. “Estou focado e me dedicando à profissão. É uma realidade nova, diferente”, resume o jovem, ressaltando o apoio e motivação que sempre recebeu da família.

Feliz da vida

A limitação dos movimentos, consequência de uma paralisia cerebral, não impede que Mário Antônio Matos, de 31 anos, o Xexéu, leve uma vida feliz e sonhe em se casar e ter filhos. Quem conhece o rapaz o tem como um exemplo de superação. Para se locomover do Bairro Gonçalves, onde mora, muitas vezes até o Centro ele utiliza um triciclo fabricado pelo próprio pai, Valnei Machado de Lima. Em casa ele precisa da ajuda da família para cumprir determinadas tarefas, mas isso não impede que ele passeie, saia com os amigos, frequente a academia e até participe de caçadas. Comunicativo, alegre e apaixonado por música, Mattos diz que gosta sempre de ajudar o próximo. “Uma das coisas que ele adora é sair para pagar as contas”, conta a mãe, Terezinha Mattos. “Procuro levar uma vida normal e feliz”, resume o jovem.

De copo em copo

Que figurinha, chaveiro ou canetas que nada. A psicóloga Clarice Maciel da Silva Fuentes, 46 anos, tem adoração por sua coleção de copos. São 35 de diferentes formatos, tamanhos e cores. A origem também é variada. O primeiro, recebido em 1997 como presente da amiga Inês Bartamann, veio da Alemanha. Mas a coleção, hoje exposta sobre uma enorme bandeja na casa de Clarice, cresceu mesmo a partir do começo dos anos 2000. Uma irmã dela foi morar no Canadá e lhe trouxe alguns copinhos. Até os amigos se engajaram e sempre que fazem alguma viagem internacional não esquecem de trazer um copo para a coleção de Clarice. Até alguns amigos de parentes dela já colaboraram. “Já ganhei um copinho até de uma búlgara que é agente de viagens e amiga da minha irmã”, conta. Clarisse diz que gosta de todos – dos canadenses ao argentino -, mas que o mais significativo é o da Alemanha, primeiro da coleção.