Há quatro anos na Brigada Militar, o soldado Luciano Santos da Silva, que faz 28 anos neste mês, é desde novembro de 2009 o representante de Cachoeira do Sul na Força Nacional. Após passar pela rigorosa seleção, que inclui testes físicos e análise da trajetória profissional, ele ficou quase um mês em Brasília, onde são feitos os treinamentos. Foi para Mato Grosso e atualmente está em Mato Grosso do Sul, onde atua no combate ao crime na fronteira. Silva, que deixou a família em Cachoeira, diz que a experiência da Força Nacional está ajudando tanto no crescimento profissional quanto pessoal. “Além do aprimoramento que se tem com treinamentos e o trabalho em si, se aprende outras culturas e a dar mais valor às pessoas que amamos e também às pequenas coisas da vida”, diz o PM, que no fim do ano deve retornar à cidade e ao trabalho na Brigada.

Uma senhora arrozeira

Produtora de arroz desde os tempos em que se usava arado tracionado por bois no preparo da lavoura, a cachoeirense Aracy Severo Godoy, de 93 anos, não pensa em se afastar do campo. Embora esteja produzindo em uma área menor – boa parte de seus 1,7 mil hectares no interior de Cachoeira do Sul estão arrendados –, ela garante que vai cuidar da lavoura e da pecuária “até quando respirar”. “O arroz é um vício bom. Não posso me afastar dele. Sou realizada”, diz Aracy, premiada em 2007 pela Federação das Associações Rurais do Rio Grande do Sul (Farsul) com o troféu Mulher do Arroz. Ela está ligada à produção primária desde os 35 anos, após a morte do marido. Foi quando decidiu assumir uma área de 160 hectares recebida como herança de família para garantir a criação das duas filhas. Atenta às questões do setor agrícola, ela defende que a bancada ruralista no Congresso deve aumentar a partir de 2011.

De Brasília

O jornalista cachoeirense Solano Nascimento, 46 anos, está lançando, pela editora Arquipélago, o livro “Os novos escribas – O fenômeno do jornalismo sobre investigações no Brasil”. O trabalho partiu da tese de doutorado defendida em 2007 na Universidade de Brasília (UnB) e trata da transformação que vem ocorrendo no jornalismo investigativo no país. Formado em Jornalismo pela PUCRS, o cachoeirense vive desde 1997 em Brasília. Tem passagens pelas redações dos jornais Correio Braziliense e Folha de S.Paulo e das revistas Época e Veja. Conquistou 15 prêmios, incluindo o Esso, mais importante na área. Lembra com orgulho que, quando estava no ensino básico, venceu um concurso de redação promovido pela Prefeitura de Cachoeira. Desde 2002 é professor de Jornalismo na UnB.