Leitora a distância
Apesar da revista LINDA ser voltada para o cotidiano de Cachoeira do Sul, há quem não perca uma edição mesmo morando em outra cidade. Dona Ignez Schiefelbein, 71 anos, moradora do município de Agudo é leitora assídua para saber o que está acontecendo em sua cidade vizinha. Farmacêutica e proprietária da Drogaria Casa dos Remédios, ela orgulha-se de estar no ramo há 50 anos e ter acompanhado todo o desenvolvimento de Agudo, que nesse ano comemora seus 50 anos de emancipação político-administrativa. Considerada uma memória viva da história de Agudo, ela diz que é através de suas leituras diárias que consegue ficar por dentro do que está acontecendo. Bem informada, ela também não abre mão de ler o Jornal do Povo, seu companheiro de todas as manhãs. “Ler é um dos meus hobbies. Gosto de ser a primeira a ler a revista, para quando for repassar para família, já fazer um resumo de tudo o que a edição traz e também indicar os conteúdos mais interessantes”, observa.
Sente, deita, rola...
Se para ensinar pessoas já é preciso paciência, imagina para trabalhar com animais que necessitam de muita repetição para aprenderem. Gilberto Aires da Silva, 46, é adestrador profissional há 17 anos e diz que aprendeu a lidar com os bichos de forma que as aulas de adestramento se tornaram não só o seu trabalho, mas um verdadeiro hobbie. Um dos poucos profissionais que atuam nessa área em Cachoeira, ele garante que depois de criar um vínculo de amizade com os animais, ensinar fica fácil. Trabalhando 12 horas por dia, Gilberto cobra R$ 250,00 mensais para ensinar os comandos básicos para cachorros com um treinamento diário de uma hora por animal. “Além de treinar o cão, é preciso orientar o dono sobre o que pode e o que não pode ser feito. Estudar o comportamento da família também é importante para adestrar os bichos”, conta o adestrador.
Talento reprimido
O artista plástico e poeta Cleiton Leal define suas pinturas como sentimento expresso em telas. Com apenas 23 anos, ele já coleciona exposições, a mais recente uma mostra de desenhos que retratam a beleza das mulheres cachoeirenses de acordo com seus signos, na Casa de Cultura. Buscando um sentido mais profundo para suas obras, Cleiton, como boa parte dos artistas, encontra dificuldades para se manter apenas da renda que seu trabalho lhe proporciona. “Muitas vezes só posso pintar quando vendo algum quadro e sobra dinheiro para comprar novas telas e tintas”, conta. Apesar dos obstáculos, ele se diz realizado e sonha com o reconhecimento do seu talento na pintura e também na poesia, sua outra grande paixão. “Quero fazer faculdade de literatura e ainda poder publicar um livro para mostrar meu trabalho”, observa. Prova que dificuldades não impedem os sonhos e a luta para chegar onde se quer.
Canoagem que dá vida
Para o cabeleireiro e barman Paulo Ricardo Cruz, o Palito, a canoagem não é somente um esporte, mas uma atividade que guia sua vida. Aos 40 anos, ele dá exemplo de disposição e vitalidade fazendo do Rio Jacuí o seu cenário de aventuras nos momentos de folga. Mas engana-se quem pensa que a canoagem é somente um hobbie. Palito faz questão de treinar para participar de competições estaduais e nacionais, já tendo conquistado várias medalhas. Essa paixão que começou em 2002 hoje também vai muito além da busca pelo próprio bem-estar. Palito participa de um projeto da Associação Cachoeirense de Canoagem e Ecologia (ACCE) voltado para crianças e jovens. “Vi que nunca é tarde para fazer algo pela vida e não tem idade para melhorar e vencer, por isso, além de me beneficiar com a canoagem, quis levar mais qualidade de vida aos outros. Esse nosso projeto envolve também o plantio de árvores, aulas de informática e palestras sobre meio ambiente”, conta o esportista.
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