Solta o som
O estilo de se vestir entrega o jogo, ela não faz o tipo seguidora de padrões, quer mesmo é surpreender. Dody Roos, de apenas 19 anos, já está fazendo história na cidade. Para desespero de seus pais decidiu ser DJ, a primeira mulher cachoeirense que encara essa profissão e exerce nas festas de Cachoeira mesmo. Com o curso de Biomedicina trancado, ela aposta na carreira que escolheu para se dedicar pelo menos por enquanto. “Depois que minha família viu que era isso que eu queria passaram a apoiar, mas quando estiver firmada como DJ quero dar seguimento a minha faculdade", projeta. Quanto ao assédio masculino, ela diz ser inevitável, mas encara com tranquilidade. "Ainda não passei por nenhuma saia justa", jura. Nos planos da jovem que atua como DJ residente da Mega Produções está partir para eventos também na região.
Sonho adaptado
O sonho de ser jogador de futebol foi deixado de lado em nome dos estudos, mas isso não foi visto como derrota pelo cachoeirense Hélio da Costa Garcia Júnior, 27, que viu na profissão de advogado a oportunidade de conciliar carreira e prazer. Como? Hélio atua em Porto Alegre no direito civil e também desportivo, o que lhe aproximou ainda mais do seu time do coração, o Internacional. “O Direito é minha profissão e o esporte meu prazer, conseguir conciliar os dois foi uma vitória”, conta. Recém nomeado diretor das categorias de base do clube, ele está tendo a oportunidade de vivenciar o que a grande maioria dos torcedores não conhece, o lado administrativo e político do Inter. Além disso, também é intermediador de futuros jogadores com o time. “Estou sempre em busca de talentos para encaminhar aos testes no Inter, focando especialmente em Cachoeira. Quero que os meninos que têm o sonho de serem jogadores profissionais tenham uma oportunidade de pelo menos tentar”, observa.
Lá vai ele!
Haja fôlego e disposição para tantas aventuras. Só mesmo quem tem no sangue o gosto por desafios para encarar uma viagem ao Rio de Janeiro em um Uno 1.0 (foto) ou até 300 quilômetros de pedaladas num só dia. Luis Fernando Garske, 32, um aventureiro desde criança, encara como diversão todos os sacrifícios que resultem em conhecer novos lugares, culturas e pessoas. Formado em Ciências Contábeis e funcionário de uma empresa do ramo de sementes de Santa Cruz do Sul, ele carrega na bagagem histórias como essas e ainda uma viagem em um Pálio 1.0 até Ushuaia, na Argentina, onde percorreu cerca de 10 mil quilômetros. "Essas viagens faço por conta quando tiro férias, mas as pedaladas são feitas com um grupo de ciclistas. Treino todos os dias depois do trabalho para conseguir percorrer grandes distâncias quando temos programadas atividades que exigem um preparo físico grande", conta. Nas próximas férias o roteiro será ir de carro à Cordilheira dos Andes. Alguém tem pique para acompanhá-lo?
Ligados pelo bisturi
Eles estão ligados pelo sangue, pelo amor de pai e filha, pela mesma profissão e também pelo bisturi. Isso mesmo. O médico Geraldo Salzano faz questão de ser parceiro da filha, a ginecologista e obstetra Rosele Salzano, 45, em praticamente todos os procedimentos cirúrgicos que ela faz. Aos 82 anos, sendo 58 dedicados à carreira, o pai orgulhoso segue atuando na Medicina e garantindo apoio à filha, muitas vezes sem nenhuma remuneração quando procedimentos são feitos pelo SUS. “Todas as cirurgias mais elaboradas exigem um médico auxiliar, ter o meu pai ao lado me dá ainda mais segurança”, conta Rosele, que traz no currículo centenas de intervenções ao longo de seus 20 anos de profissão. “Dos meus quatro filhos, somente ela seguiu os meus passos na profissão, por isso quero nos manter sempre ligados pela Medicina”, observa Geraldo, que não tem planos de aposentar nem o jaleco, nem o bisturi tão cedo.
EDIÇÃO IMPRESSA
BUSCADOR