Conciliar a vida regrada de um farmacêutico com o agito noturno de um DJ, profissões tão distintas, não é problema para Vinícius Hipólito, 31. Ele que também já foi cantor, fez shows durante anos no memorável Lolozinho e em outros bares da cidade, hoje exerce estas duas atividades em Porto Alegre. “Quando me formei e casei, não consegui mais conciliar minhas atividades com a rotina de cantor. Só que um tempo depois passei a sentir muita falta da música, foi então que a Tati, minha esposa, me incentivou a fazer uma oficina de DJ”, conta. O que no início era um hobbie acabou se tornando sua segunda atividade profissional. “Hoje já tenho todos os equipamentos de som e luz que necessito para um evento de qualidade e ofereço um repertório personalizado aos meus clientes” observa o DJ durante a noite e farmacêutico de dia.

Profissão perigo

Corpo em forma, bronzeado natural e roupas que ressaltam a silhueta. Com esse perfil, a salva-vidas Carla Souza, 29, atrai olhares curiosos nas areias da Praia Nova. Mas não são só os atributos físicos que a fazem chamar a atenção de homens, mulheres e crianças: é que a soldado Carla é a primeira mulher atuando nessa função em Cachoeira do Sul. Profissão perigo? Que nada. Ela encara a atividade com coragem e seriedade e aja dedicação para observar com olhos atentos sob um sol de quase 40 graus todos os movimentos dos banhistas nas águas do Rio Jacuí. “Gosto muito de ser salva-vidas, pois fujo da rotina de policiamento nas ruas, função que exerço quando não estou na Operação Golfinho”, conta. Há seis anos na Brigada Militar, sendo dois nas praias durante o verão, ela mantém a forma e o preparo físico praticando natação, corrida e musculação durante todo o ano.

Vestibular aos 63

O militar reformado José Valdir da Silveira, 63, é um exemplo de que nunca é tarde para aprender. Depois de se dedicar ao Exército durante mais de três décadas, formar os três filhos e ainda continuar trabalhando como taxista e caminhoneiro para garantir uma renda extra à família, Valdir decidiu que precisava expandir seus conhecimentos. “Sempre acreditei que somente o estudo pode abrir novas portas, como estava sentindo falta de algo mais, resolvi prestar vestibular e voltar a estudar”, conta o mais novo acadêmico de Sistemas de Informação da Ulbra/Cachoeira. Incentivado pelos filhos, Julio Ricardo, André Mateus e Marcela Cristina, e principalmente com o apoio da esposa Romilda, 55, ele ficou em oitavo lugar no processo seletivo. “As oportunidades já são difíceis para quem estuda, imagina para quem não tem cultura. Dificuldades, certamente eu encontrarei, mas tenho sede de aprender e daqui a quatro anos quero estar com o canudo na mão”, projeta o taxista.

Troca de experiências

Foi em busca de novos desafios que a estudante Bethina Germanos, 16, embarcou para Alemanha há seis meses através do programa de intercâmbio do Rotary.
Vivendo atualmente na cidade de Zülpich, a jovem conta que a experiência, além da troca de idéias e conhecimentos, está lhe rendendo muita disciplina. “É impressionante a pontualidade e a educação das pessoas, dizer muito obrigada e por favor aqui é imprescindível”, conta. Quando não está na sala de aula, onde os alemães dedicam em média sete horas por dia, Bethina aproveita para caminhar pela cidade para conhecer pontos turísticos. “Certa vez fui a um museu e vi várias fotos da Alemanha    depois da Segunda Guerra Mundial, estava totalmente destruída. 10 anos depois já estava reconstruída e hoje se tornou uma potência. Admiro cada dia mais esse país, mas não abro mão de retornar ao Brasil”, observa.