Cigana planetária
Luciene Coombes e o filho Maximiliano
Para muitas pessoas conhecer diversos países do mundo é um sonho, mas a cachoeirense Luciene Mernak Fagundes Coombes, 41, foi mais longe e transformou isso em uma meta de vida. Quando saiu do Brasil em agosto de 1990, ela tinha planos de ir para Portugal para trabalhar, mas acabou ficando em Londres e nunca mais parou de viajar. Hoje mora em Chiang Mai, norte da Tailândia, onde comanda uma empresa de exportação em sociedade com seu marido, o inglês Christopher Neil Robert Coombes. “Sempre foi a minha paixão viajar, conhecer lugares novos. Como não virei aeromoça, nem agente de turismo, tive que achar outras formas de ganhar dinheiro e fazer o que gostava. Para custear minhas viagens trabalhei pesado como faxineira e fui garçonete de restaurante”, conta. Luciene já conhece boa parte da Europa e Ásia. O projeto agora é conhecer os países da América Latina e da África.
Paixão vermelha
Vinícius Freitas
Para o administrador Vinícius Freitas, 46, não existe felicidade maior do que vibrar pelas conquistas do seu time do coração, o Internacional. Colorado fanático, ele coleciona camisetas oficiais, além de diversas peças com a marca do time, como bonés, toucas e calças. Entretanto, o detalhe que chama mais atenção é a decoração da sua casa. Por todos os cantos se vêem peças nas cores do Inter. Copos, quadros, toalhas, quase tudo têm um toque de vermelho. “Uma vez cheguei em casa e a Prefeitura tinha pintado o meio-fio em frente a minha casa de azul e branco (as cores do time rival, o Grêmio). Fiquei indignado. Corri numa loja comprei tinta e pintei tudo de novo, desta vez, em vermelho e branco”, revela.
Por trás da Família Lima
Samuel Homrich
Há 11 anos o cachoeirense Samuel Homrich, 40, é um dos responsáveis pelo sucesso que a Família Lima tem feito em todo o Brasil. Coordenador técnico dos shows do grupo gaúcho, ele se mostra um apaixonado por música. “Desde que nasci convivo com a música. Meu pai, João Roberto Homrich, me passou esse encantamento e por isso me sinto realizado com o que faço”, observa. Segundo Samuel, o momento mais marcante da sua carreira aconteceu em 2000, quando a banda foi para o Vaticano se apresentar para o papa João Paulo II. Hoje, Samuel organiza em média seis shows por mês da Família Lima. “Tenho viajado bastante, mas não abandono nunca Cachoeira. Minha casa continua sendo aqui”, conta Samuel.
Em nome da história
Lya Wilhelm
A professora aposentada Lya Wilhelm, 79, tem um carinho e um orgulho justificado pelo Museu Municipal Edyr Lima, de Cachoeira do Sul. Não é para menos: ela foi uma das fundadoras e dirigiu o órgão público por cerca de 20 anos, de 1978 a 1996. O que ninguém esperava é que ela decidisse bancar de seu próprio bolso as reformas no histórico prédio do final da Rua Sílvio Scopel. Em nome da história, dizem que Lya teria investido até agora cerca de R$ 70 mil. Ela não confirma a cifra, mas reconhece que para financiar as reformas está tendo que se privar de coisas que gosta de fazer, como viajar. “Mas o esforço é válido. Sem o conhecimento da história não há como compreender o presente, por isso, fico feliz em saber que estou ajudando”, comenta. No ano que vem, o museu completa 30 anos.
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