Detalhes importantes que os homens ignoram podem fazer toda a diferença se quiserem desfrutar de uma boa noite de amor

Alguns dias depois da última palestra que fiz recebi um e-mail de uma das mulheres que estavam presentes, advogada, casada há seis anos. Separei alguns trechos do que ela escreveu narrando as horas após a palestra, ao chegar em casa. Animada, ela foi tentar seduzir o marido:

“Cheguei em casa cheia de novidades e partilhei algumas com o meu marido. Ele estava assistindo ao jogo do Brasil na televisão, mas me atrevi a chamá-lo para o quarto, afinal, apesar de cansada, faminta e de ser tarde para qualquer evento mais ousado, nada impedia uma namoradinha, certo? Errado!.

Quando ele veio, meio contrariado, fiz aquele charminho de mulher carente pedindo colo, e ele ameaçou entrar no clima. Então o narrador falou sobre o andamento do jogo da Argentina (meu marido é torcedor da Argentina) e foi o que bastou para acabar o clima. Ele foi para a sala assistir ao outro jogo e eu fiquei lá, me sentindo a coisa mais insignificante do mundo. Fiquei pensando em como este mundo ainda é antiquado, pois ainda cabe à mulher o trabalho de agradar o homem e, pior, tem que ser quando ‘ele’ quer (durante o jogo, não!). Lembrei do que aprendi na aula e pensei como é maravilhoso se valorizar, se gostar e, principalmente, passar isso adiante. Mas aí chego em casa e meu mundinho é tão menor do que isso, parece tudo tão inaplicável.
Por que cabe a nós, e somente a nós a tarefa de agradar ao parceiro? Isso remete minhas lembranças até a geração da minha avó, quando as mulheres eram criadas para atender o marido. Concluo que isso não mudou! Apesar de as mulheres trabalharem fora, serem mais independentes e modernas, continuamos tendo que agradar os nossos homens, sem ter um único retorno.
Por que tem que ser assim? Eu não mereço um agrado? Eu não mereço atenção? Por que sou eu que tenho que gastar tempo e dinheiro pensando em como apimentar a relação? Ele não pode se interessar pelo assunto? Não pode me fazer uma surpresa? Não, eles não fazem, esperam iniciativas da mulher, querem ser surpreendidos e ainda reclamam que a ausência de audácia pode estimular a rotina.”

Concordo com ela. Meu trabalho é direcionado basicamente para mulheres, falo muito sobre ter mais atitude, iniciativa. Mas já está mais do que na hora de os homens perceberem também a necessidade da mulher. Claro que sem generalizar, mas a maioria está numa postura muito cômoda: elas precisam entender nosso mundo, nossas necessidades e é claro o futebol na nossa vida!
O acesso às informações referentes ao mundo feminino já chegou a eles também. É uma questão de interesse, sensibilidade. O homem é visual e gosta de ver a mulher usando uma lingerie sensual. O homem também gosta que a mulher apimente a relação, tome a iniciativa no sexo, seja ousada. Ok, nós já entendemos isso. Mas o que você fez durante o dia para erotizar a sua parceira?
Para a mulher o sexo é conseqüência de outros atos. Uma dica é presenteá-la não somente em datas comemorativas. Esses pequenos gestos são valorosos pois ela irá se sentir especial ao saber que foi lembrada. Que tal uma lingerie com um cartão dizendo: “Tenho certeza que você vai estar linda quando eu te encontrar vestindo isso esta noite”.
Pequenas gentilezas durante o dia podem render grandes noites de amor. Tente!
Beijo bom!

"Para a mulher o sexo é conseqüência de outros atos."

Rita Ma Rostirolla é sexóloga e especialista  em aulas de sensualidade para mulheres.