Hora de escolher a escola
Combinar fatores é fundamental para decidir onde a criança iniciará sua formação
A escolha da primeira escola para os filhos é uma tarefa sempre difícil e de grande responsabilidade. Não há uma fórmula infalível que garanta a escolha correta, o que existe são fatores que devem ser observados antes de bater o martelo sobre qual colégio a criança vai freqüentar. De acordo com a coordenadora pedagógica do Colégio Marista Roque, Maria Liz Meinhardt Lopes, 43 anos de idade e 24 de profissão, visitar as instituições de interesse é o primeiro passo. “Essa etapa é fundamental para conhecer a proposta pedagógica, o quadro de funcionários e a infraestrutura que será oferecida aos pequenos”, observa.
A orientação vale tanto para quem optar pelo ensino particular, como pela rede pública. O filho deve acompanhar os pais em uma das visitas para já ir conhecendo o ambiente em que passará a conviver. Isso facilitará a adaptação a essa nova fase que começa ainda muito cedo, entre os três e seis anos. A opinião da criança pode ser considerada, mas a decisão final sempre deve ser dos pais. “Uma boa dica é observar a reação dela durante a visita e quando retornarem para casa, verificar se ficou à vontade e se está se sentindo feliz ”, ressalta.
Patrícia Meira Taschetto Mota e o filho Eduardo de três anos: “Escolhi o Colégio Roque por meu filho de 14 anos já estudar lá e eu conhecer a metodologia de ensino”, diz Patrícia.
Confira um manual para fazer a escolha da escola que iniciará a formação da criança a partir de uma visita à instituição.
1º Observe as instalações físicas. A infraestrutura precisa estar adequada à idade das crianças. Segurança é sempre importante. Verifique se a escola oferece esse item, tanto no horário de aula como durante a entrada e saída dos alunos.
2º Indague sobre o critério de seleção de professores e quanto a sua formação. Veja se a escola investe na formação continuada e se apóia o aperfeiçoamento dos profissionais.
3º Verifique o número de alunos por profissional. Ter muitos estudantes na sala diminui a possibilidade do professor dar uma atenção mais individualizada, especialmente em séries iniciais. Mais tarde, esse número pode aumentar já que a diversidade de alunos enriquece o trabalho da turma.
4º Pergunte sobre a metodologia usada e qual a proposta pedagógica da escola para saber se está adequada com seus princípios.
5º Informe-se sobre a proposta curricular: atividades extraclasse, rotina diária, lista de materiais.
6º Conversar com pais de outros alunos nem sempre é uma boa solução. O que é considerado bom para um, pode não ser bom para o outro. Visite a escola e tire suas próprias conclusões.
7º Observe se a escola é aberta à participação dos pais (reuniões, associações). É importante que o diálogo seja sempre mantido para que críticas e sugestões de melhora possam ser dadas.
8º Todas as escolas, tanto particulares, como da rede pública têm regras, conheça-as antes para saber se a adaptação será fácil.
9º Depois que ele começar a frequentar as aulas, preste muita atenção à reação de seu filho, ele é um termômetro valioso. Se estiver desanimado e com rendimento escolar baixo, converse com os professores e orientadores pedagógicos. Às vezes, a criança está muito cansada e é preciso apenas diminuir a carga horária.
10º Lembre-se que a escola é responsável apenas por uma parte da formação da criança. A educação inicia na família.
Os pais que quiserem conhecer as escolas da rede pública também podem fazer uma visita mediante agendamento. De acordo com o responsável pela central de matrículas da 24ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Virgilino Carvalho Bernardes, na hora da inscrição os pais já podem optar pela escola de interesse. “A demanda é grande, então nem sempre será garantida a vaga na escola escolhida. A preferência é para alunos que moram nas proximidades e de menor idade, mas sempre que possível a criança vai estudar no local eleito pelos pais”, observa Virgilino.
EDIÇÃO IMPRESSA
BUSCADOR