“Para melhorar o fortalecimento da musculatura, o ideal é procurar um profissional para orientar os exercícios mais eficazes, conforme as especificidades de cada pessoa”

Algumas profissões são propensas a desenvolver a doença 

Duas condições bem parecidas e que têm como principais causas a sobrecarga sobre as articulações e os movimentos repetitivos. Estamos falando da tendinite e da bursite. A primeira tem a ver com o uso excessivo dos tendões, e a segunda, com o aumento do atrito entre o tendão e o osso.

Guilherme Luiz Ludtke, 36, fisioterapeuta há 13 anos, alerta para os principais fatores de risco. “Movimentos repetitivos no trabalho, na prática esportiva ou nas atividades domésticas; sobrecarga ou esforço excessivo sem preparo adequado; falta de alongamento e fortalecimento muscular e postura inadequada durante atividades diárias são fatores que favorecem o agravamento desses problemas”, explica.

Por isso, algumas profissões são mais propensas a desenvolver essas condições, devido ao perfil das atividades exercidas. Como por exemplo, trabalhos que envolvem digitação e uso frequente do computador, como bancários, tecnólogos, secretárias, redatores, atendentes do público, dentre outros. Profissões que realizam movimentos repetitivos também, como cabeleireiro, auxiliares de produção, pintores, cozinheiros, faxineiros e professores. E ainda, funções que exigem levantamento de pesos, como entregadores de móveis.

Procure um profissional quando:

 - Tiver dores persistentes ou recorrentes;

-  Limitação de movimentos;

- Histórico de lesões ou cirurgias;

- Perceber falta de progresso nos treinos ou tiver dúvidas sobre a execução dos exercícios.

Como amenizar a dor durante a crise?

Conforme Guilherme, em momentos de crise e sobrecarga, algumas medidas podem ser feitas em casa para aliviar a dor e reduzir a inflamação, como compressa de gelo (de 15 a 20 minutos, três vezes ao dia) e massagem leve ou automassagem. A principal orientação é não se automedicar!

A boa notícia é: tem cura!

Embora tendinite e bursite possam se tornar doenças crônicas, ou seja, que não são resolvidas em um curto espaço de tempo, elas não são necessariamente permanentes. “Quando tratadas de maneira correta, muitas pessoas conseguem recuperação total e voltam às atividades normais sem dor”, explica.

No entanto, se não forem tratadas ou se houver repetição constante dos fatores de risco, elas podem exigir tratamento contínuo para evitar crises de dor. Para o fisioterapeuta, o fortalecimento correto da musculatura é considerado “padrão ouro” para a recuperação e o melhor tratamento. Para isso, são recomendados exercícios de fortalecimento progressivo, exercícios funcionais e adaptações na rotina.