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Reportagens Edição 195 - Novembro de 2024

Inimigos do bolso


“Evitar esses ‘inimigos’ e cultivar bons hábitos de planejamento e controle financeiro é fundamental para a realização dos objetivos e para levar uma vida com mais segurança”. Ingrid Mariano.

Entenda por que suas finanças não se estabilizam

 

O  fim do ano está se aproximando e a gente sabe que as comemorações dessa época exigem um certo investimento financeiro. Presentes, ceias de Natal e Ano Novo, férias... Por isso, não dar o passo maior que a perna é tão importante e necessário.

 

Mas essa regra não se aplica só para o final do ano. Pelo contrário! É preciso muito planejamento e organização ao longo dos 365 dias. Tudo isso para evitar que a corda fique no pescoço e comprometa a realização de sonhos e projetos. Ingrid Mariano, 29, advogada especialista em Direito Bancário e do Consumidor, elenca os maiores “inimigos” da estabilidade financeira – e ensina a como fugir deles!

 

 

Falta de planejamento

“Sem ele, fica fácil perder o controle sobre os gastos, pois não há uma visão clara de quanto se ganha, se gasta e se investe. Muitas pessoas vivem mês a mês, cobrindo despesas sem pensar em metas de longo prazo. Planejar-se permite criar um orçamento detalhado, estabelecer metas realistas e organizar os recursos de maneira que suas prioridades e necessidades estejam bem definidas”.

 

Endividamento excessivo

“Gastar mais do que se ganha é um hábito perigoso, especialmente com o fácil acesso ao crédito. O uso desmedido de cartões, empréstimos e financiamentos pode ser uma solução rápida, mas acaba se transformando em um problema grave devido aos juros elevados. O acúmulo de dívidas com altas taxas de juros tende a crescer descontroladamente, afetando a capacidade de pagamento e comprometendo parte significativa do orçamento familiar, além de gerar estresse e insegurança financeira”.

 
Descontrole dos gastos
 
“Ele é alimentado por compras impulsivas e falta de prioridade. Isso é comum em compras de itens de lazer, moda e eletrônicos, onde as decisões podem ser baseadas em impulsos e desejos momentâneos. Estabelecer limites e praticar o consumo consciente ajuda a manter o equilíbrio financeiro e evitar o gasto com despesas que não trazem benefícios duradouros”.
 
Ausência de reserva de emergência
“Imprevistos como problemas de saúde, perda de emprego ou acidentes são inevitáveis e podem causar grande impacto na estabilidade financeira de uma pessoa ou família. Não ter um valor guardado especificamente para lidar com essas situações significa que, em um momento crítico, o orçamento mensal e os investimentos planejados podem ser severamente afetados”.
 
Falta de investimentos e planejamento para o futuro
“Sem investimentos, o dinheiro tende a perder valor devido à inflação, e a possibilidade de construir uma aposentadoria tranquila ou atingir objetivos de longo prazo fica mais distante. Investir significa buscar alternativas que ofereçam uma rentabilidade acima da inflação e permitam o crescimento do patrimônio”.
 
Inflação
“Esse é um fator externo que afeta diretamente o poder de compra das pessoas. Para quem não está atento a isso, a perda de valor do dinheiro pode passar despercebida, comprometendo o orçamento familiar e, ao longo do tempo, o patrimônio acumulado. É importante considerar a inflação na hora de investir, priorizando opções que ao menos mantenham o poder de compra do capital”.
 
Estilo de vida incompatível com a renda 
“Manter um padrão de vida acima do que a renda permite é um erro comum. Muitas vezes, influenciados pela pressão social ou pela busca de status, as pessoas acabam gastando mais do que ganham em itens de luxo, viagens e bens materiais. Ajustar o estilo de vida de acordo com o que realmente é possível bancar é essencial para garantir o equilíbrio das finanças e construir um futuro financeiro sólido”.
 
 
 
E o cartão de crédito e o limite do banco?
Para Ingrid, eles também se tornam “inimigos” da estabilidade financeira quando usados sem cautela. “O cartão de crédito, por exemplo, cria uma falsa sensação de poder de compra que, sem controle, pode resultar em uma dívida grande e com juros altos. E quando a fatura não é paga integralmente, os juros compostos sobre o saldo devedor crescem rapidamente”, diz.
 
Ela também destaca que o limite do banco, conhecido como cheque especial, foi planejado para ser usado por um curto período. “Quem se habitua a utilizá-lo, acaba gastando mais do que ganha e paga juros pesados sobre esse saldo negativo. É um dos tipos de créditos mais caros e, com o tempo, compromete o orçamento e impede que as finanças se estabilizem”, explica a especialista.





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