Terapia Ocupacional
Victória dos Santos Stringuini é especialista em Saúde Mental e Desenvolvimento Humano pela PUC do Paraná.
O que é isso e para o que ela serve?
A maior parte do nosso dia é formado por atividades rotineiras, e praticamente não nos damos conta da importância de cada uma delas. Por exemplo, você já ficou sem voz por alguns dias? Ou então, já lesionou um dedo e precisou imobilizá-lo?
São nessas situações de “falta” que percebemos o quanto cada membro ou função do nosso corpo precisa estar 100% para que tudo funcione bem no nosso dia a dia. É justamente para isso que existe a Terapia Ocupacional. Você já ouviu falar sobre isso?
Ela ajuda na execução de tarefas simples, mas essenciais. Trabalha a funcionalidade do paciente, para que ele tenha ou volte a ter independência e mais qualidade de vida. Essa abordagem previne, trata e reabilita pessoas que sofreram alguma alteração cognitiva, afetiva, perceptiva ou psicomotora.
Victória dos Santos Stringuini, 27, é terapeuta ocupacional e trabalha com Integração Sensorial para o público infantil, já que é justamente nessa fase que as primeiras necessidades são apresentadas. Na infância, a Terapia Ocupacional tem um papel muito importante: ela ajuda a melhorar as habilidades sociais e emocionais, como a interação social, a capacidade de resolver problemas e a regulação emocional.
“Além da infância, a Terapia Ocupacional também pode ser extremamente útil em qualquer idade. Se você não buscou ajuda na infância, seja para você ou para o seu filho, saiba que ainda é possível alcançar resultados significativos, independente da fase da vida”, destaca Victória.
Sinais de que o seu filho precisa de Terapia Ocupacional:
1 - Observe as habilidades motoras: seu filho apresenta dificuldades em atividades diárias, como se alimentar, vestir-se ou realizar tarefas simples que envolvem o uso das mãos?
2 - Seu filho apresenta alguma alteração sensorial, como dificuldade com texturas, barulhos, sons ou luzes?
3 - Como está a interação social do seu filho? Ele tem dificuldade em interagir com outras crianças ou em se comunicar?
O papel da Integração Sensorial
Victória explica que a Integração Sensorial se refere à forma como o cérebro organiza e interpreta as informações recebidas pelos nossos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar). Quando esse processamento sensorial não funciona corretamente, algumas dificuldades podem aparecer, como na aprendizagem e no comportamento.
“Durante as sessões, o terapeuta ocupacional oferece atividades específicas que envolvem movimentos, toques, sons e outros estímulos sensoriais, ajudando a pessoa a desenvolver melhor a sua regulação sensorial, sua coordenação motora e também habilidades cotidianas”, afirma.
Essa abordagem, segundo a especialista, é utilizada para tratar crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dificuldades de aprendizagem, e outras condições que afetam o processamento sensorial.
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