Alerta vermelho
“Vale lembrar sempre dos princípios da educação financeira, assim como da importância de ter consciência sobre seus ganhos e despesas, para que não volte a se endividar”. Patrícia Baisch
Veja como não se tornar inadimplente
Metade do ano já passou e tem muita gente se perguntando o que fazer para se livrar das dívidas e não fechar o ano no vermelho. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que o nível de endividamento deve crescer nos próximos meses, chegando a 79,9% em dezembro de 2024.
Para ficar longe dessa realidade, é preciso organização e autocontrole. Patrícia Baisch, 28, contadora, selecionou quatro passos importantes para quem quer ficar em dia com as contas:
- Planejamento: Ter consciência dos seus limites financeiros é fundamental! Por isso, gerencie seus ganhos e gastos mensais, organizando-os em diferentes categorias. “Você pode separá-los em itens como moradia, educação, saúde, lazer, entre outros. Assim, você começa a caminhar na direção da sua estabilidade financeira e no alcance das suas metas”, afirma a profissional.
- Cartão de crédito: “Ele é um grande aliado financeiro, porém, tem uma taxa de juros altíssima! Desse modo, evite parcelamentos excessivos, pois geralmente eles acarretam em juros e parcelas longas que podem comprometer seu futuro financeiro. E além disso, use-o com moderação”, destaca. E se você já está endividado, a dica é: se organize e procure renegociar essas dívidas, avalie quanto você poderá pagar por mês e verifique as melhores condições de pagamento.
- Priorize necessidades: A contadora ensina a analisar e questionar a verdadeira necessidade da compra, e se está dentro do seu limite financeiro ou não. “Cortar gastos desnecessários é determinante, pois muitas pessoas acabam se endividando por gastar mais do que ganham e não priorizam as reais necessidades, resultando em compras por impulso e, muitas vezes, na inadimplência”.
- Renegocie suas dívidas: A renegociação é o melhor caminho para a quitação de suas dívidas sem comprometer o seu orçamento financeiro, sendo possível negociar condições mais viáveis, reduzindo a taxa de juros e as parcelas, e possibilitando maiores prazos para o pagamento. “O que normalmente acontece é que essa dívida, por estar com uma alta taxa de juros, fica ainda mais difícil de ser quitada, e assim, ela vai aumentando cada vez mais. O principal impacto de quitar suas dívidas, além da estabilidade financeira, é conseguir novos créditos para investimentos futuros”, explica.
Dívida e inadimplência: qual a diferença?
Apesar de muitas pessoas utilizarem os dois termos como sinônimos, o significado deles é diferente. Enquanto o consumidor está conseguindo pagar suas dívidas, ele é considerado apenas endividado. Mas no momento em que ele deixa de pagá-las, ele passa a estar inadimplente. Ou seja, a inadimplência só ocorre quando existem dívidas em atraso.
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