Geração Z: o que eles querem?
“Quando essas gerações juntas entendem seus pontos fortes e o que têm a melhorar, elas crescem lado a lado. Todos ganham, inclusive, a sociedade.” Cecília Chaves
Imediatistas, ousados e em busca da felicidade
Os tempos mudam e, com eles, as crenças e os comportamentos também. No mercado de trabalho, essa transição de geração é percebida por empresários, gestores e líderes que, frequentemente, lidam com pessoas de diferentes idades dentro de uma mesma equipe.
Dentre os desafios, está a chamada Geração Z: pessoas que nasceram entre 1995 e 2010. Segundo a Forbes Brasil, que divulgou dados do site americano Glassdoor, a dificuldade começa já no recrutamento. Profissionais de RH afirmam que os candidatos desta geração não se vestem adequadamente (58%), não fazem contato visual (57%), têm exigências salariais irracionais (42%), não se comunicam bem (39%) e não parecem muito interessados ou engajados (33%).
Mas essa é a perspectiva dos gestores que, provavelmente, vêm de gerações anteriores, onde normas e valores diferentes prevalecem. “O mercado de trabalho sofre com essa integração de gerações nos negócios, e aí começam a surgir os conflitos de comportamento”, explica a psicóloga Cecília Chaves, 54.
Uma geração “despreocupada”
A prioridade da Geração Z, segundo Cecília, é “ser feliz”, e por isso, não suportam lugares onde o estresse e a pressão sejam maiores que o prazer. Até aí, tudo bem, né? O problema é que eles trazem da Geração Y (nascidos entre 1980 e 1995) o imediatismo. “E ainda mais carregados de razão, pois ‘sabem se virar’ para arrumar outro emprego. Eles não ficam presos pelo medo de não ter como se sustentar financeiramente, como as gerações mais antigas, que buscavam em primeiro lugar a estabilidade”, afirma.
Mas também há pontos positivos para serem evidenciados: eles têm fome de aprender, são corajosos e buscam a felicidade dentro de suas escolhas profissionais, ao contrário de gerações antigas que, muitas vezes, pagavam o preço colocando em risco sua saúde, até adoecendo mentalmente e fisicamente.
Para isso, é preciso saber o que gostam e querem fazer de suas vidas. “O grande índice de turnover – rotatividade dos colaboradores de uma empresa – enlouquece os gestores, justamente porque as pessoas não têm autoconhecimento”, diz. Outro ponto positivo, de acordo com Cecília, é a vontade de crescer, se atualizar e não esperar o tempo de serviço para ter uma oportunidade de cargos maiores.
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