Não é “só” câncer de próstata
“A relação entre saúde mental e saúde urológica é complexa, e cada pessoa pode experimentar esses desafios de maneira diferente. A busca de ajuda profissional e a adoção de estratégias de autocuidado são essenciais para gerenciar esses problemas de forma
Estresse e ansiedade também comprometem a saúde masculina
Culturalmente, a campanha mundial do Novembro Azul é direcionada exclusivamente para a saúde masculina, com maior foco no câncer de próstata — a segunda causa de morte por câncer no Brasil. Porém, outros fatores, muitas vezes silenciosos, também merecem toda a nossa atenção.
É nesse sentido que o movimento quer conscientizar ainda mais a população masculina sobre a necessidade de cuidar do seu corpo e também da mente. Praticar exercícios, ter uma alimentação equilibrada, parar de fumar, praticar sexo seguro, cuidar da saúde mental e fazer o exame da próstata periodicamente.
Conforme Ruslan Scerbatiuc, 36, médico urologista, a saúde mental desempenha um papel significativo na vida do homem, uma vez que o estresse e a ansiedade podem afetar diretamente o sistema urológico. Ele destaca algumas consequências causadas por esses problemas e estratégias que podem ser adotadas para lidar melhor com o desequilíbrio emocional:
Homens, atenção para:
Incontinência urinária: o estresse crônico pode enfraquecer os músculos do assoalho pélvico, tornando mais difícil controlar a micção. Estratégias como exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e terapia comportamental podem ajudar a melhorar o controle da bexiga.
Disfunção erétil: a ansiedade, especialmente a ansiedade de desempenho, pode levar à disfunção erétil. Estratégias incluem terapia cognitivo-comportamental, terapia sexual e medicamentos prescritos, quando apropriado.
Infecções do trato urinário (ITU): o estresse pode comprometer o sistema imunológico, tornando-o menos eficaz na prevenção de infecções do trato urinário. O manejo do estresse, juntamente com a manutenção de uma boa higiene, é importante na prevenção de ITUs.
Síndrome da bexiga hiperativa (SBH): o estresse e a ansiedade podem piorar os sintomas da SBH, como frequência urinária, urgência e incontinência. Técnicas de relaxamento, como meditação e ioga, podem ajudar a reduzir os níveis de estresse e melhorar o controle da bexiga.
Dor pélvica crônica: o estresse pode aumentar a tensão nos músculos pélvicos, contribuindo para a dor pélvica crônica. A terapia física, massagem terapêutica e relaxamento muscular podem ajudar a aliviar esse desconforto.
Câncer urológico: o estresse crônico pode enfraquecer o sistema imunológico e influenciar o desenvolvimento de cânceres urológicos. A gestão do estresse é uma parte importante da prevenção, juntamente com exames regulares.
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