“Tontura persistente deve sempre ser investigada! Se ela está se repetindo em crises, certamente não é uma labirintite”. Alice Hoerbe.

Nem sempre ela é sinal de labirintite 

Você já teve a sensação de que as coisas estão girando a sua volta, e foi logo pegar o remédio que a vizinha toma para labirintite? Ou já percebeu estar desequilibrando para o lado, enquanto caminha?  

Se você se identificou com essas situações, fique atento! A labirintite, diferente do que muita gente pensa, é um diagnóstico incomum. Segundo a otorrinolaringologista Alice Hoerbe, 33, a condição significa que o labirinto está inflamado, e isso dificilmente acontece com os pacientes.   

Em outras palavras, inúmeras doenças podem ter como primeiro sintoma a tontura, e isso não quer dizer que tudo vai ser culpa da labirintite. “Para todo problema, existem cuidados específicos. Um dos tipos mais comuns é a chamada ‘tontura dos cristais’ (vertigem posicional paroxística benigna). Esta, por exemplo, nem requer tratamento com remédios. Por isso é tão importante identificar a origem da doença”, explicou.  

! Algumas doenças do labirinto são crônicas e precisam de mudança no estilo de vida. Por isso, invista na prática de atividades físicas, tenha uma alimentação saudável e cuide da qualidade do seu sono.   

Acerte no diagnóstico 
Para o diagnóstico da tontura ser assertivo, o médico precisará de informações para diferenciar se o problema se trata de alguma alteração no labirinto, se está relacionado a alterações neurológicas, alterações nos exames de sangue (problemas de tireoide, colesterol, glicose), nas medicações de uso contínuo, na coluna, alterações cardíacas, entre outras.  

Dependendo da raiz do problema, os sintomas também podem variar, como zumbido, sensação de ouvido tapado, piora da audição, enjoo, vômitos, dores de cabeça, coração acelerado, dores cervicais, alterações visuais e sudorese. 

“Outro ponto de alerta é o uso indiscriminado de medicações para tontura, que pode trazer efeitos adversos e confundir com outras doenças, assim como o diagnóstico incorreto ou a falta dele, que pode levar a problemas como surdez, quedas e fraturas”, destacou a profissional.