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Reportagens Edição 168 - Junho de 2022

Liderança pós-pandemia


Sandra e Greice: especialistas em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano

Novo cenário requer gestões mais humanizadas nas empresas 

 

 

A pandemia da covid-19 forçou mudanças bruscas em várias empresas, e alguns efeitos ainda serão perceptíveis por muito tempo nos ambientes de trabalho. Competências que antes não eram tão consideradas, agora, estão fazendo a diferença nas organizações. Nesse sentido, o atual cenário requer, mais do que nunca, relações humanizadas entre gestores e colaboradores – o que vem aumentando a busca pelo desenvolvimento de habilidades socioemocionais.  


 

Sandra Visoski Morschel, 44, gerente de RH e especialista em Gestão de Pessoas e Carreira, afirma que as lideranças precisam concentrar-se mais nas competências para impulsionar a vantagem competitiva das empresas e das pessoas além dos fluxos de trabalho, do que simplesmente nas funções que precisam ser desempenhadas. “É justo dizer que aprendemos a nos adaptar a novos padrões de comportamento e expectativas à medida que fomos realizando o nosso trabalho”, diz.  


 

Greice Tomazetti, 38, especialista em Desenvolvimento Humano e de Negócios, concorda e afirma que estudos recentes apontam dois tipos de líderes que surgiram especialmente para atender a essa nova necessidade, com foco nas pessoas e nas relações humanas. “Os primeiros são os inclusivos, que mostram empatia, são tolerantes e de mente aberta, alinhados com as expectativas das gerações Y e Z e com uma força de trabalho cada vez mais diversificada. Os segundos são os líderes-servidores, que valorizam as opiniões dos outros. Eles encorajam e apoiam o crescimento e desenvolvimento dos membros da equipe. Também elogiam e dão feedbacks valiosos”, explica.  

 

 

Relações mais saudáveis 

Como consequência da pós-pandemia, gestores e colaboradores depararam-se com a transição do trabalho para modelos mais flexíveis, seja ele remoto ou home office. “Este novo cenário proporcionou para diversos profissionais a experiência da rotina a distância, o que trouxe uma nova realidade antes não imaginada, fazendo com que revissem seu modelo de trabalho, buscando maior flexibilidade e autonomia”, destacam. 


 

Mas para as especialistas, o ponto alto do “novo normal” é a necessidade de empresas e líderes reforçarem suas habilidades de mostrar mais empatia e considerar suas próprias emoções, bem como as de suas equipes. Segundo elas, esse fator foi fundamental para que, mesmo distantes, não se criassem abismos que trouxessem sentimentos como insegurança, medo e ansiedade.  


 

 

Essa visão mais colaborativa do trabalho é importante não só para criar um ambiente mais afetuoso, mas também porque a humanização da gestão aumenta a produtividade da empresa. “Desse modo, a relação das empresas, líderes e colaboradores passou a ser estruturada, saudável e positiva, para que novas habilidades e comportamentos fizessem parte nesse novo modelo, capaz de proporcionar mais apoio, suporte e condições, inclusive emocionais”, ressaltam Greice e Sandra.  






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