Na mira dos ataques
Cólicas, viroses e alergias estão entre as principais doenças que atingem todos os bebês
Ele é pequeno e frágil demais e ainda não sabe dizer o que está sentindo. Descobrir o que está fazendo seu bebê chorar é uma tarefa angustiante, mas se serve de consolo para os pais, as primeiras doenças infantis são bastante comuns. Conheça os sete problemas que mais atingem os bebês, de acordo com o pediatra Marcos Rogério Seelig Gonçalves, 45 anos de idade, sendo 21 dedicados à profissão.
1
Cólicas
Pelo menos um terço dos bebês tem algum episódio de cólicas fortes durante os quatro primeiros meses de vida. Essas dores acontecem geralmente por quatro motivos: imaturidade do sistema digestivo; engolem ar enquanto mamam ou usam a chupeta; excesso de fermentação e produção de gases causados pelo leite, principalmente nas crianças que não recebem leite materno; ou estão associadas à ingestão de alimentos muito precocemente. Uma bolsa de água quente ou compressas de água morna na barriga, massagem abdominal no sentido horário e uma leve pressão abdominal resolvem o problema.
2
Viroses
Otites, rinites e sinusites são algumas das infecções causadas por vários tipos de vírus. Normalmente, duram sete dias e seus sintomas podem ser parecidos com os da gripe. Sinais como coriza, tosse, garganta inflamada e conjuntivite são comuns a diversas viroses. O recomendado é apenas tratar os sintomas com analgésicos e antitérmicos, sempre com orientação médica.
3
Diarréia
Antes dos seis meses, o tratamento indicado é a amamentação. O leite materno repõe todos os nutrientes perdidos pela criança durante o período da doença. Após essa fase é necessária orientação médica para receitar o remédio mais adequado. O problema é causado, na maioria das vezes, pelo rotavírus e, quanto menor o bebê, mais perigoso.
4
Alergias
Existem substâncias no ar e nos alimentos que provocam reações alérgicas em determinadas pessoas. A alergia pode ser dermatológica, respiratória, gastrointestinal ou ocular. Nariz escorrendo, falta de ar, vermelhidão, coceira e enjôo são alguns dos sintomas possíveis. É indispensável que o pediatra reconheça o tipo e a causa da alergia. Ele irá indicar com quais substâncias a criança deve evitar contato. Existem maneiras de diminuirmos as manifestações da doença, porém ainda não existe cura para alergias.
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Gripes e resfriados
Os resfriados costumam ser mais brandos que as gripes, mas, em geral, as duas doenças apresentam sintomas parecidos que incomodam de três dias a duas semanas: nariz vermelho e entupido, espirro, cansaço, às vezes febre. Provocadas por vírus, o contágio se dá através do contato direto com a saliva de pessoas contaminadas. Se o pequeno contrair a doença, dê a ele muita água, leite e líquidos. Para aliviar dores no corpo ou febre muito alta, é recomendado o uso de analgésicos.
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Refluxo
O refluxo torna-se problema quando ocorre com muita freqüência. Casos em que o bebê regurgita o leite junto com líquidos gástricos muitas vezes e, por isso, ganha menos peso do que deveria. Cada caso deve ser avaliado para que o pediatra decida o tipo de tratamento. Colocar o bebê para dormir com a cabeça mais alta do que o tronco, elevando a cabeceira do berço com um apoio sob os pés, por exemplo, pode ajudar.
7
Sapinho
É uma infecção bucal causada por um fungo, muito comum em bebês antes dos seis meses de idade. É contraído através do contato com o fungo presente em algumas partes do corpo do adulto ou do contato com crianças e objetos contaminados. Provoca manchinhas brancas, como aftas, que cobrem a língua e o interior da bochecha, mas não causam dor. O tratamento leva 10 dias e exige o uso de medicamentos específicos para combater esse fungo.
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