Renan Lemos Mendonça, 25, estudante de Direito na Unisc.

Entenda a diferença

O homossexual é uma pessoa que tanto afetivamente quanto sexualmente possui atração, desejo por alguém do mesmo gênero. Apesar da luta constante pelos direitos LGBTQIA+, muitas pessoas ainda ficam confusas com alguns termos. A culpa disso é da nossa língua portuguesa, pois o sufixo ismo quer dizer doença.

Uma breve linha do tempo: 

Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou o “homossexualismo” da CID-10. A partir de então, substituiu-se o referido termo por “homossexualidade”. Mas em março de 1999, o Conselho Federal de Psicologia considerou, com a resolução nº 001/99, que a homossexualidade não constitui um distúrbio. Por isso, a substituição passa a significar “modo de ser”, afirmando que ser homossexual não constitui possuir uma doença, distúrbio e ou perversão. 

O que você considera pejorativo? 

"O pior que já ouvi é a palavra ‘pederasta’, um termo que designa quem tem uma relação erótica com outro homem mais novo. É absurdo ser chamado de algo assim. Os termos conhecidos como pejorativos entre a comunidade LGBTQIA+ afetam cada um de diferentes formas. Quando não se tem intimidade com a pessoa, até a entonação usada ao empregar certa palavra pode transformar uma simples brincadeira em uma ofensa grave. Palavras como ‘puto’, ‘veado’ e ‘bichinha’ são pejorativos. O uso de pronomes femininos quando se refere a um homem gay tentando ‘rebaixar’ ele como se não fosse homem por ser gay é chato também. Por isso, recomendo a todos que escolham bem suas palavras, pois nós não precisamos ser aceitos por ninguém”.

Luidgi Nathan, conhecida como Hillary Fox, 18, maquiadora e consultora de moda

"É chato quando algumas pessoas fazem piadas. Andamos nas ruas e somos xingadas de ‘bichinha’ e ‘viadinho’, como se isso fosse uma ofensa. Há olhares maldosos e risos. Somos julgados por quem nem nos conhece. Não entendem que merecemos respeito como qualquer outra pessoa. Porém, falo apenas por mim, mas existem inúmeros termos pejorativos, tais como ‘gayzinha’ e ‘boiola’, que usam para se dirigir para pessoas LGBTQIA+”.