Ao visitar uma casa, você já pensou em se deparar com um animal silvestre ou exótico bem à sua frente? Para algumas pessoas, essa é uma situação comum e seus pets são considerados integrantes da família. São eles os responsáveis por trazer cor, alegria e diversão ao lar e seus tutores. Três leitoras compartilham as histórias com seus bichos de estimação nada convencionais. Confira!
A ARARA CAROL
Juliana Germanos e sua arara Carol: “Amo tê-la na minha vida!”
A dentista Juliana Hintz Germanos Scheidt, 33, professora universitária do curso de Odontologia da Ulbra/Cachoeira, cria uma arara-canindé desde filhote. A Carol, como é chamada, tem um ano e três meses de idade, e é o xodó da casa. “O sonho de ter uma arara vem de muitos anos e é compartilhado com minha mãe. Previamente a tê-la, estudei sobre hábitos, cuidados, comportamento, tempo de vida e alimentação”, conta ela, que alimenta Carol à base de frutas, ração própria e nozes.
A arara mora dentro de casa, e costuma andar solta diariamente. Juliana a leva diariamente para o pátio, onde tem grama e árvores. “Araras são animais companheiros, dóceis e carinhosos, como se fossem um cachorro de penas”, diz ela.
A CASA DOS PAVÕES
Marilda Silva e seus pavões: “Eles trazem vida à casa”
A residência cor-de-rosa da Rua Marechal Floriano, no Centro, é uma atração na cidade, seja pela superstição de que essa é mal assombrada ou pela presença dos pavões no recinto. Não é de se estranhar que pessoas parem em frente ao local para observar e fotografar os animais com suas penas coloridas e imponentes em forma de leque. E esse foi o propósito de Marilda Carlos da Silva, 67, professora e orientadora educacional, que cria os sete pavões há oito anos: “Trouxe-os para mostrar que a casa tinha vida e dissipar a imagem que se criou sobre ela. Os pavões se alimentam de frutas, ração própria, grãos e plantas, e costumam dormir no topo da casa e voar nos telhados aos arredores.”
LEON, O PAPAGAIO
Patrícia Stefanello e o papagaio Leon: “Ele faz a diversão da casa”
Em Porto Alegre, no apartamento de Patrícia Stefanello, 47, chefe de Cartório Eleitoral aposentada, não falta espaço para criar seus sete animais de estimação. Há três anos e meio na capital, Patrícia tem um papagaio-verdadeiro. O Leon, como é chamado o papagaio, tem oito meses de idade e vive há quatro junto de Patrícia, quando veio de um criadouro de Minas Gerais.
“Ele fica solto dentro de casa, caminha por tudo, convive com os outros animais, mas tem uma gaiola gigante só para ele, com poleiros, galhos de árvore, escada e corda para ele brincar”, conta Patrícia. Leon se alimenta basicamente de ração, sementes, frutas, verduras e grãos. “Ele é muito engraçadinho, corre atrás de mim pela casa, como os cachorros. Não gosta de ficar sozinho quando estamos em casa. Se não estamos por perto, ele chama até que alguém apareça ou pelo menos converse com ele. Me chama de ‘papagaio’, ‘Juju’, minha filha, e ‘Zoé’, minha empregada. Dá ‘bom dia’ e está aprendendo a assobiar ‘Parabéns a você”, diz, aos risos.
PALAVRA DE ESPECIALISTA
"Cuidar de animais demanda tempo, disposição e investimento financeiro. E no caso dos animais silvestres e exóticos, a dedicação não é diferente. Devemos nos atentar de adquiri-los somente em lojas e criadouros legalizados pelo Ibama. É necessário que o tutor tenha uma documentação comprovando que aquele animal é registrado. Caso contrário, é considerado crime ambiental. O ideal é que os animais tenham acompanhamento regular e constante de um médico veterinário especializado”.
Bruna Badch Rosa, 30, médica veterinária da PetClub Cachoeira, pós-graduanda em Dermatologia Veterinária e MBA Executivo em Gestão de Clínicas e Consultórios Veterinários, com quatro anos de formação pela Ulbra/Canoas