NA PONTA DOS PÉS
Balé se perpetua na cidade e forma praticantes e profissionais
Lucianne Bortowski: “Balé é arte... é cultura! A dança é transformadora, liberta!”
Ao ouvir falar em balé, talvez venha à sua mente filmes como “Cisne negro” (2010) e espetáculos como os realizados pelo Teatro Bolshoi, em Santa Catarina, mas não é preciso ir muito longe para prestigiá-lo. O balé faz parte da história de Cachoeira do Sul e, além de divertir e oferecer benefícios à saúde, formou e projetou profissionais de destaque a nível nacional e internacional. Desde a modalidade clássica à recente fitness, que incorpora exercícios de academia, a dança segue presente na cidade e faz sucesso entre o público adulto.
DO CLÁSSICO
AO FIT
Aos quatro anos de idade, o balé já fazia parte da vida da defensora pública Lucianne Barreto Bortowski, 44, que estudou balé clássico por 10 anos em Porto Alegre, passando por escolas profissionais de formação, com destaque na sapatilha de ponta em dança solo. Lucianne também se apresentou no balé em eventos sociais na Assembleia Legislativa do Estado e em todas as danças (modernas e clássicas). Hoje, frequenta aulas de balé fitness. “Por mais academias de dança em Cachoeira!”, enfatiza.
“Para dedicar-se ao balé é preciso ter persistência e determinação. Deixar o corpo fluir com a música”. Sarita Santos
AMOR À
DANÇA
Do jazz até chegar ao balé clássico, aos 30 anos. A dança acompanha a médica oncologista Sarita Quatrin Buzzeto Santos, 36, desde a infância, mas foi em Santa Maria, sua cidade natal, que ingressou no balé pela primeira vez. Há dois anos Sarita participa do balé fit, se apresentando junto ao grupo em eventos. “Os benefícios do balé são disciplina, força muscular, equilíbrio e autoconhecimento”, destaca.
“Hoje não vivo mais sem as aulas de balé. Fiz novas amizades que me fazem bem, me sinto mais bonita e mais feliz”. Beatriz Almança
MENTE E
CORPO
A funcionária pública municipal Beatriz Almança, 44, se descobriu no balé ao buscar uma maneira de aliviar a mente e dores musculares. Ao saber das aulas de balé fit, Beatriz fez uma aula experimental e desde então não largou mais. “Não sinto dores no corpo, adquiri resistência física e melhora na flexibilidade, na postura e na concentração, além dos benefícios estéticos e aumento da autoestima”, garante ela.
“Não leve em conta os estereótipos que costumamos associar aos bailarinos. Não importa sua idade ou o tamanho do quadril, se desafie”. Renata Marques Pereira
APOSTA NO BALÉ
Para a advogada e empresária Renata Marques Pereira, 28, a dança é sinônimo de superação: “Na infância, minha mãe insistia para que eu fizesse balé, mas acho que eu não levava muito jeito e era muito tímida”. “Eu fiz uma aula experimental, amei e estou indo até hoje. Nossa turma é eclética, com profissões e estilos de vida diferentes, contudo, temos uma amizade incrível”, conta Renata, que observou uma melhora na saúde. “É uma atividade física completa”, conclui.
“Procure um profissional com boa formação para um aprendizado adequado sem oferecer riscos à sua formação corporal”, diz Andréia Pohlmann
PALAVRA DE PROFISSIONAL
Se conhece o verdadeiro bailarino na postura, nos movimentos e nos detalhes, observa a professora de balé clássico Andréia Rizzato Pohlmann, 45, formada pela Escola de Ballet Ivone Freire, em Santa Maria, há 39 anos, com 27 anos de atuação, hoje no Colégio Barão do Rio Branco. “A dança clássica trabalha a postura, além de desenvolver a musicalidade, ritmo, alongamento e formação do corpo, sendo fundamental na didática das aulas o conhecimento docente da técnica, da música e da atuação”.
Fonte: Andréia Rizzato Pohlmann
ESTRELAS DO BALÉ
Marlise Matte Geiger (precursora do balé no município, proprietária da escola ArteMovimento), Cleo Steffen (idealizador e fundador do grupo Os Changadores), Kelbert Steffen (professor de dança, atuou e balizou o balé clássico em escolas), Débora Pelzer Sussembach (bailarina e coreógrafa da escola Marlise Geiger), Marco Aurélio Silveira “Purinha” e Itamar da Fontoura (bailarinos de Os Changadores, com especialização no país e no exterior), Carla Rigon (bailarina de carreira internacional, reside em Nova Iorque, nos EUA) e Priscilla “Pri” Bottega (bailarina com ampla formação em dança, educação física e teatro na educação).
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