Eles são CRAQUES! PARTE 2
Jovens atletas cachoeirenses são premiados em importantes competições
Vencer uma competição esportiva não é para qualquer um. Esse mérito é fruto de muito treino, disciplina e dedicação. Por isso, esporte é também superação, pois se não há o desejo de ir além, os resultados não prosperam. Já dizia Pelé, ícone do futebol: “O sucesso não acontece por acaso. É trabalho duro, perseverança, aprendizado, estudo, sacrifício e, acima de tudo, amor pelo que você está fazendo ou aprendendo a fazer”. Apesar da pouca idade, esses atletas dão show quando o assunto é esporte. Símbolos do sucesso da nova geração no futebol e na patinação, eles contam suas histórias de vida e como conseguiram chegar lá.
“Sou focado e disciplinado. Muitas vezes deixo de fazer coisas de criança para treinar, mas tenho um objetivo, um sonho”. Mateus Cantarelli
TAL PAI, TAL FILHO
O jogador de futebol Mateus Cantarelli Gall, 12, estudante, entrou no esporte aos sete anos de idade e há quatro frequenta a escola do Internacional. Mas sua história no esporte começa aos quatro anos na escola Soccer 10 com o professor Acilon Carlos. A partir daí o jovem tomou gosto pelo futebol e em 2014 passou no teste para jogar na categoria de base do Colorado, estando hoje no grupo especial sub-12. Sua grande inspiração? O pai Edimar Martins Gall, 35, empresário, ex-jogador profissional. “Acompanho meu pai desde pequeno, então, sempre tive contato com o futebol”, conta Mateus, filho da cabeleireira Flavia Cantarelli, 39.
BOM DE BOLA
Campeão da BG Prime League, contra o Grêmio em dezembro último, Mateus foi artilheiro da Copa Americano Sub 9 (2014). Sagrou-se campeão da Copa Sandense de Três Coroas (2015), da 1ª Copa Josimar (2016) e da 1ª Copa Itapema de Futebol (2017) e é vice-campeão da Copa Tuparandi (2016) e vice-campeão gaúcho (2015 e 2016). E este é apenas o começo. Mateus planeja profissionalizar-se no futebol, jogar em grandes clubes dentro e fora do país e chegar à Seleção Brasileira. Para isso, enfrenta uma rotina intensa, dividindo-se entre os estudos e treinamento no CT de Alvorada, onde comparece toda semana. “Quando tenho jogos durante a semana, intensifico meus treinos”, observa ele, com pretensão de se transferir para lá em 2019.
Nascido prematuro aos sete meses, Mateus se vê abençoado e acredita que todo esforço é recompensado. “Minha maior alegria é poder fazer o que gosto, aprendendo coisas novas, ter experiências, conhecer pessoas, poder defender meu time do coração e dar orgulho aos meus pais”, conclui, deixando um conselho às famílias: “Realizem o sonho de seus filhos, deixem eles fazerem o que gostam. Sou feliz e realizado porque tenho meus pais junto comigo me apoiando”.
TALENTO NO PÉ
Aos 13 anos de idade, o estudante Ghíven Marques Brendler Keller já obtém bons resultados no futebol. Meia-armador no grupo especial do Internacional desde 2012, Ghíven fomenta a paixão pelo esporte desde os oito anos de idade a incentivo do pai Geremias Keller, 35, comerciante, e do irmão Gheremias, 16, jogador do time de futsal de Cachoeira, o São José. “Temos uma família esportista”, brinca a mãe Ghiana Marques, 33, secretária. De início, Ghíven passou a frequentar o projeto social do Botafogo Futebol Clube junto de seu irmão e desde aí já demonstrava seus passos promissores em campo, chamando a atenção de alguns clubes do município e do estado. Não levou muito tempo para receber a proposta do Inter.
Ser jogador profissional, representar o país na Seleção Brasileira e jogar no Real Madrid e Barcelona são os maiores sonhos de Ghíven Keller
PROMESSA DO FUTEBOL
Sua mais nova conquista com o grupo especial do Inter na categoria sub 13 foi no Rio de Janeiro, consagrando-se campeão do Torneio de Desenvolvimento do Futebol realizado pela Fifa na Granja Comary em outubro último. Aqui na cidade, Ghíven sagrou-se campeão sub 9 na Escolinha da Acafutsal com Luciano Foques (na época, beque do time) e campeão, goleador e destaque no futebol de campo sub 11 pelo Botafogo. Já pelo Colorado, o jovem venceu o primeiro turno do Gauchão Sub 10 e os campeonatos Gaúcho Sub 11 e Sub 12. A conquista desse título foi definida nos pênaltis, com uma das cobranças marcadas por Ghíven, vencendo de 5 a 4 contra o Grêmio no CT de Eldorado. Ele foi também campeão da Copa Cidade Verde, de Três Coroas, do Efipan de Primavera, em Alegrete, com o Inter, da Copa Santiago de Futsal representando o Paparella, de Santa Rosa, e campeão de futebol sete pelo time Ser Cachoeira.
Atualmente Ghíven reside em Porto Alegre e diariamente treina no CT do Inter em Alvorada, Região Metropolitana. Em dois dias da semana realiza treinamentos especiais (Dia de Aprimorar e Futebol de Rua) com o professor Wilson Souza. “O professor Wilson, juntamente com o coordenador técnico Luis Fernando Ortiz, resolveu colocar time no estadual de futsal, então todas as segundas nós treinamos esta modalidade”, comenta ele. Apesar da saudade da família, para Ghíven, “as maiores alegrias são as viagens, os títulos e os amigos nesse meio”.
A comissão técnica do grupo especial sub 13 do Inter é também formada pelo supervisor da categoria, Diego Rosatto, treinador Lucas Marchetti, preparador físico Eduilson Mazoni e preparador de goleiros Loristan Pantoja.
CURIOSIDADE
O meia, armador ou apoiador atua principalmente na zona do meio-de-campo, entre a defesa e o ataque, cuja função é criar as jogadas de ataque.
GURI PRODÍGIO
Com apenas quatro anos de idade, o estudante Leandro de Menezes Agne Júnior, o Juninho ou Leandrinho, hoje com 10 anos, entrou para a escola de futsal e aos oito foi aprovado no teste do sub 9 (pré-mirim) no Internacional. “Fui indicado por um amigo que notou minha canhota (perna esquerda com bom chute) para fazer o teste no Inter, e estou lá desde então”, conta ele, que está há dois anos na categoria de base.
Leandro é vice-campeão do Campeonato Estadual de Futsal Sub 9 pelo Novo Horizonte (2016), de Santa Maria, campeão da Copa Lobo Forte Sub 9 (2016) e campeão da Copa Sandense de Categoria de Base Sub 10 (2017) pelo Internacional. Jogou como lateral-esquerdo e meia-esquerda na Copa Sandense de Categoria de Base, vencendo o Grêmio na final, na cidade de Três Coroas, em maio do ano passado.
“Meu gosto pelo esporte despertou no momento em que meu pai rolava a bola no chão e eu chutava forte precisamente de volta”, diz Leandro, que encara o esporte como um meio de prazer e saúde, além de formar novas amizades e conhecer outras cidades. Para se preparar para os jogos, ele treina com o professor Givago Trindade Domingues na Sociedade Rio Branco, além de cuidar do sono e da alimentação. Residindo em Cachoeira, Leandro se desloca semanalmente até o CT do Inter em Alvorada para completar seu treino.
“Procuro sempre melhorar a cada dia, a cada treino, sempre tentando aprender algo novo, com humildade. Sonho chegar ao time profissional e à Seleção Brasileira. Lutamos para isso”, fala Leandro, com o troféu da Copa Sandense na foto
“Gosto tanto de jogar, que uma das minhas primeiras palavras foi ‘gol’”.
LEANDRO JÚNIOR
NO PÓDIO DA PATINAÇÃO
A patinadora Gabriela Rauber de Carvalho, 8, estudante, é atleta da Escola JGB Patinação Artística. Em outubro último, Gabriela obteve medalha de bronze na competição Open Internacional de Patinação Artística realizada em Capão da Canoa, onde vive com sua família, seus pais Rodney, 42, médico, e Cristiane Carvalho, 39, designer de interiores, e seus irmãos Luiza (13) e Diego (6). Gabriela venceu na categoria pré-mirim livre principiante feminino (7-8 anos) contra 10 atletas, sendo elas do Chile, Paraguai e Brasil.
“Como foi a primeira vez que disputei uma medalha, fiquei um pouco nervosa, mas tinha treinado bastante e estava bem preparada”, analisa Gabriela, que apresentou os movimentos obrigatórios para esta categoria, o carrinho e o pulo de dois pés, a garça, o compasso e a cruzadinha. Junto à equipe, a pequena treina normalmente seis horas por semana, e nos meses que antecedem a competição os treinos chegam a 10 horas semanais. Patinar é desafiar-se. Para ela, a maior alegria é aprender novos movimentos. “Vou continuar treinando muito para subir ao pódio de novo”, finaliza.
Destaque nos patins, Gabriela Rauber obteve o primeiro título internacional sete meses após seu ingresso na escola. “Fiquei muito feliz”, conta ela
SAIBA MAIS
O Open Internacional de Patinação Artística teve seis dias de duração e trouxe 40 delegações de atletas, reunindo mais de 500 patinadores de vários países e de diferentes níveis técnicos.
EDIÇÃO IMPRESSA
BUSCADOR