Amor para toda VIDA
Casados há 70 anos, Oscar e Olivia contam como fizeram a relação dar certo
A canção “Eu sei que vou te amar” (1978), de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, fala sobre o amor eterno, capaz de transcender o tempo e as situações. Na literatura, William Shakespeare já dizia: “Amor não se transforma de hora em hora, antes se afirma para a eternidade” (Soneto 116). Em “E o vento levou” (1939) é dito: “O amor é a única coisa pela qual se vale a pena viver”. É fato que o amor existe e há quem nele acredite por toda sua vida. Esse é o caso de Oscar Becker Sobrinho, 92, e Olivia Freitag Becker, 89, ambos aposentados, que completaram 70 anos de casados no último dia 9 de novembro com direito a festa de Bodas de Vinho.
No dia do casamento
COMO TUDO COMEÇOU
O matrimônio do casal se consolida no longínquo ano de 1946, três anos depois de se conhecerem em um salão de baile no Bairro Oliveira, quando, na época, seu Oscar tinha 22 anos de idade e dona Olivia, 19. Dessa união resultaram três filhos (Carlos, Romeu e Carmem Lúcia, a única que reside em Imbé), cinco netos e uma bisneta. “Foram muitos momentos especiais, de muito trabalho, total parceria e companheirismo e o nascimento dos nossos filhos é inesquecível”, contam.
Olivia e Oscar: casamento firmado à base de cumplicidade e companheirismo
MEMÓRIA
Oscar atuou como industrialista, ruralista e também foi proprietário da Panificadora e Supermercado Becker, empresa familiar localizada em frente à sua residência, na Avenida Brasil (onde hoje se encontra o Supermercado Tischler). Ele foi membro do conselho deliberativo da Associação de Aposentados e Pensionistas. No passado, chegou a presidir o Rotary Clube Cachoeira do Sul, o Asilo Nossa Senhora Medianeira e a Associação Comercial e Industrial (ACI, hoje Cacisc), tendo atuado como diretor na pasta da indústria e comércio na Fenarroz de 1968. Ao seu lado, dona Olivia sempre esteve presente.
SEGREDO DE UM CASAMENTO DURADOURO
Para o casal, a regra é clara: “Deve haver total dedicação um ao outro, sinceridade e paciência com as diferenças”. Segundo Oscar e Olivia, este ensinamento é fruto de uma dedicação diária. “Quer no trabalho ou em casa, criamos uma cumplicidade, uma união forte, e procuramos nos aceitar e respeitar nossas diferenças, cada um com seu jeito. Assim fomos crescendo no sentimento e na parceria”, concluem.
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