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Idosos também vão para as casas de repouso por opção
Os filhos estão casados, terminaram o tempo de trabalho, em alguns casos o marido ou esposa já faleceu e dependem de cuidados permanentes. Quando o idoso se vê diante dessas situações, optar pelas casas de repouso é uma boa alternativa. Isso porque elas oferecem boa assistência e um ambiente limpo e acessível, além de carinho e companhia. É o caso do Residencial Duda Rezende, uma empresa criada para a hospedagem de idosos e portadores de necessidades especiais.
Segundo o proprietário e diretor do residencial, Maurício Rezende, 30, que atua como fisioterapeuta há oito anos e como empresário há seis, alguns idosos escolhem ir morar no residencial. Há casos também em que os familiares têm que tomar a decisão, já que fica inviável mantê-los em casa, pois exigem cuidados específicos e suporte financeiro. “Com as leis trabalhistas fica muito caro ter alguém 24 horas por dia, além de precisar de um espaço planejado de acordo com as necessidades do idoso, como rampas, barras, etc.”, salienta.
Maurício mantém uma relação de amizade e de contato direto com os idosos e suas famílias
MORAR NO DUDA REZENDE
No residencial, os idosos recebem cuidados permanentes de profissionais capacitados, têm amigos da mesma idade para conviver, participam de atividades e têm alimentação saudável e de qualidade. A casa está sempre decorada e seus ambientes são planejados. O cronograma de atividades privilegia a prática de jogos, passeios, festas de confraternização, oficinas de arte e grupo de orações, além de assistir a filmes, fazer ginástica e pet-terapia (terapia com animais).
VIDA NOVA
Segundo Maurício, alguns idosos ficaram mais alegres depois que se mudaram para o residencial e com as atividades de lazer e a fisioterapia também melhoram a parte física. “Já recebemos pacientes que não caminhavam mais, usavam sonda para se alimentar e não se comunicavam, e hoje fazem tudo isso”, descreve o proprietário.
NECESSIDADE QUE VIROU ESCOLHA
“Vim porque precisei e fiquei porque gostei”, resume a aposentada Cecilia Carmen Pudler, 79, que acha o residencial maravilhoso.
“Sempre viajei bastante. Conheço toda Europa e algumas cidades dos Estados Unidos e Canadá. Gosto de ler livros e assistir a novela”, conta Cecilia
MAIS LIBERDADE
A aposentada Marina Soares Pereira, 91, sempre dizia que quando ficasse idosa queria morar numa casa de repouso. Ela já chegou a morar com uma das filhas em Porto Alegre, mas resolveu sair para dar mais liberdade à família. “Eu prendia muito eles”, acredita. “Todos meus filhos são ótimos, mas a turma aqui é legal”, admite.
Dona Marina exibe seus desenhos, que são detalhistas e feitos com muito capricho
MENOS GASTOS
Morando no Duda Rezende há seis anos, a aposentada Dercília Barbosa Ayres, 83, optou pela casa de repouso devido a um problema de coluna, pois precisava de empregada e os custos eram maiores. Dona Dercília tem casa montada e em alguns domingos vai almoçar com a família, mas prefere morar no residencial.
Dona Dercília é a responsável pelo jardim. Ela cuida das plantas e flores
OPÇÃO GARANTIDA
O aposentado Donato de Oliveira, 66, natural de Santana da Boa Vista, veio morar em Cachoeira com a mãe, mas resolveu se hospedar no Residencial Duda Rezende.
“Desde que o residencial abriu é o mais bem falado”, diz Donato
O MELHOR LUGAR
A aposentada Damázia Chaves, 80, deixou a propriedade que possui na Vila Piquiri sob os cuidados do filho para se mudar para a cidade e escolheu o Duda Rezende para morar, onde está há cinco anos. “Aqui eu me sinto bem, tem tudo”, elogia a aposentada.
Damázia usufrui do jardim com balanço em frente à casa de repouso
GABRIEL RODRIGUES
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