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Reportagens Edição 93 - julho de 2015

Mãe de meninos


Depois que as mães que só têm meninas em casa contaram suas experiências de como é gerar só filhas, chegou a vez das mães que só têm meninos revelarem como é a convivência com eles


“Ter filhos homens é torcer no futebol por um time que não é o seu, aprender o nome de todos os super-heróis, se achar linda de boné e saber que o melhor calçado é o tênis! Eles nunca manifestaram vontade de ter irmã, sempre foram muito carinhosos, atenciosos e parceiros. São meus companheiros de todos os momentos. Ciúmes eu não tenho e convivo muito bem com minha nora, somos mais amigas do que sogra e nora. Elas acabam se tornando nossas filhas do coração. A maior vantagem de ter meninos é que temos amigos verdadeiros e protetores eternos! Eles são mais independentes, mas o melhor é a afinidade, o amor e o carinho que temos”. 
Jane Minssen, 48, guia de turismo


Felipe, 23, acadêmico de Direito, Jane e João, 14






“Sinto-me muito feliz como mãe de meninos. É mais prático e menos complicado. Somos muito amigos, eles são muito carinhosos, atenciosos e prestativos! Às vezes falam sobre a vontade de ter uma maninha, mas não está em nossos planos. Sobre ciúmes, acho que não tem como não sentir, toda mãe tem ciúmes dos filhos. Mas acredito e espero que a relação com as noras seja boa, pois cada uma tem seu papel na vida deles, não tem como competir ou ter ciúmes, os sentimentos são diferentes. Sobre os filhos homens serem mais apegados com as mães, acredito que tenha um pouco de lógica, mas também depende da fase. Já tiveram fase em que tudo era eu, mas agora acho que passou”. 
Catiane Ferraz Tisato, 39, fisioterapeuta

 

Catiane com os filhos Bruno, 15, e Vitor, 11





“É uma maravilha só ter filhos homens. Foi incrível a sensação quando nasceu o terceiro filho. No íntimo, pensava, meu Deus, sogra pela terceira vez, ai ai. Mas ser sogra é uma delícia, minhas noras são maravilhosas. Ter só meninos tem vantagens, não mexem na tua maquiagem, roupas ou calçados (só os do pai). Noto que eles têm mais liberdade de expressão de seus sentimentos comigo, com o pai é mais assunto administrativo. Nós sempre fomos muito rigorosos na educação de nossos filhos. Demos a eles uma liberdade sempre vigiada, exigindo sempre que nos mantivessem informados de onde estariam e muitas vezes nós verificávamos. Isso, no nosso entender, deu certo, hoje nossos filhos são homens de bem, todos constituíram família e já nos deram dois lindos netos”.
Isete Maria Cecconello de Souza, 60, professora de Educação Física


Isete com os filhos Juliano, 27, gastrólogo, Bernardo, 31, cirurgião-dentista, e Rodolfo, 28, cirurgião-dentista





“Sempre achei que seria mãe de meninos, tenho afinidade com a objetividade masculina. Outro dia o Guilherme me perguntou: ‘Por que tanto sapato igual se só muda a cor?’. Ultimamente ele tem observado muito a roupa que visto. O Mathias também teve essa fase. Nossa relação é de muito carinho e amor, procuramos não reforçar que os meninos são os ‘queridinhos’ da mamãe. A ligação mais forte com mãe ou pai pode ser uma questão de afinidade. Junto com eles fiz coleção de tazos, gibis e até de pedrinhas e tampas de garrafa! O mais gratificante em ter dois meninos é saber que o Guilherme é o maior presente que o Mathias recebeu, e o Mathias é a pessoa que o Guilherme mais admira, segundo ele mesmo”.
Fernanda Vieira, 46, professora na Apae, formada em Educação Física e especializada em educação especial e inclusiva


Guilherme, 10, Fernanda e Mathias, 20, acadêmico de Engenharia de Produção






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