Boas de LUTA
Praticar caratê não é só um esporte, mas também um hobby
Esqueça aquela imagem de mulheres grandes e fortes quando se fala de quem pratica luta. O grupo de 46 alunas da instrutora de caratê LIEGE TEREZINHA DA SILVA, 49, é formado por mulheres que não deixam a feminilidade de lado mesmo entre um golpe e outro.
Segundo Liege, que atua na Associação de Karate Paulo Machado (AKPM), para praticar a luta não há restrições. O trabalho é desenvolvido de acordo com a necessidade e limitação de cada aluno. Tanto que, além de mulheres, a AKPM tem alunos com síndrome de down, autistas, deficientes visuais, deficientes auditivos e físicos.
Liege: ela é faixa preta e já conquistou cerca de 80 medalhas e alguns troféus, sendo que um dos mais importantes para sua carreira foi a conquista do vice-lugar no Campeonato Brasileiro de Kumite (luta) Zona Sul em 2013
Crédito: Fabiana Tischler
Fique de OLHO
Os benefícios do caratê
Trabalha a formação intelectual, o caráter e autoconfiança.
Através dos exercícios específicos da arte - kihon (técnicas básicas), kata (sequência de movimentos) e kumite (treinamento de luta) - é possível aprimorar a coordenação motora, o equilíbrio, o controle da respiração, a consciência corporal, a postura, força, alongamento e a capacidade de dominar seu próprio corpo.
A prática ainda traz o ensinamento de técnicas de defesa pessoal.
Fonte: instrutora de caratê Liege Terezinha da Silva
Caratê em cores
Ordem das faixas conforme graduação
. Branca
. Amarela
. Vermelha
. Laranja
. Verde
. Roxa
. Marrom
. Preta
AS MULHERES DO CARATÊ
Algumas representantes do time feminino de caratecas da Associação de Karate Paulo Machado
Foi ao assistir as aulas do filho no caratê que a médica radiologista STEFANELLI SCHUCH, 40, se interessou em praticar a luta. Há quase três anos na ativa, a médica já participou de um campeonato em Porto Alegre e venceu a primeira etapa do campeonato gaúcho na sua categoria. Ela, que usa a faixa verde, é casada com o médico Eduardo Schuch e juntos têm dois filhos.
A psicóloga e empresária ELISANDRA DE VARGAS, 40, é faixa amarela no caratê e o pratica há um ano e meio. Ela é casada com o empresário Luis Fernando Comassetto, 35, e mãe de Luis Henrique, 11, e João Gabriel, 7. Praticar o caratê melhorou muito sua saúde: “Com o caratê descobri o que é não sentir dor, meu corpo começou a ser trabalhado de forma completa”, diz.
VITÓRIA MOTA PEREIRA, 15, aluna do Colégio Totem, pratica caratê há um ano e meio e é faixa amarela na luta. Ela entrou para acompanhar o irmão e a mãe, Marilene da Silveira Mota, que já faziam aulas. Para ela, os benefícios desta arte marcial são aprender a se defender e melhorar o bem-estar.
A empresária MARILENE DA SILVEIRA MOTA, 46, é faixa amarela nesta luta, que ela pratica há dois anos. Ela é casada com Luiz Cezar Pereira e mãe de Vitória, Luiz Cezar e Bianca. “O caratê é uma atividade física muito prazerosa e ao mesmo tempo um esporte onde se adquire mais força, resistência e equilíbrio”, observa.
Há um ano, a juíza de direito MIRNA BENEDETTI RODRIGUES, 40, natural de São Gabriel, pratica caratê. Ela é mãe de Melissa, 2. “Além de força e condicionamento físico, acredito que o maior benefício seja o exercício de concentração para aprender e utilizar as técnicas”, diz ela, que é faixa amarela.
A empresária ISANE ROSA DE FRANCESCHI, 39, encontrou no caratê um meio de aliviar o estresse do dia a dia. Ela estava procurando uma academia para seu filho e acabou se encontrando com esta turma de mulheres caratecas. Ela é casada com Joel de Franceschi, 41, e mãe de Renata, 16, e Roberto, 8. Sua faixa é a amarela.
RENATA ROSA DE FRANCESCHI, 16, já conquistou uma medalha de ouro e outra de prata em campeonatos estaduais de caratê. Ela pratica há um ano e sete meses e tem a faixa vermelha. “Além do benefício físico, como não sentir mais dores no corpo, o esporte aumenta a resistência e contribui com a mente, ajudando a manter uma boa autoestima”, conta.
Com dois anos e meio de caratê, a arquiteta e urbanista LARISSA PEREZ DE SOUZA, 27, conquistou recentemente o primeiro lugar em kata na etapa classificatória do Campeonato Estadual de Karate. A final será em 13 de setembro, em Porto Alegre. “Fazendo caratê notei uma melhora considerável na minha postura, sem falar em condicionamento físico e fortalecimento muscular”, diz a arquiteta, que é faixa verde.
A fisioterapeuta ANA PAULA DA SILVA MACHADO, 23, pratica caratê desde 2003 e já usa a faixa preta 2º dan. Ela é filha e aluna da instrutora Liege Terezinha, ou seja, já cresceu neste ambiente, o que ajudou a despertar o interesse pela arte. Ela participa de competições desde os 13 anos e já conquistou títulos em copas, torneios e ranking metropolitano.
Fotos: Fabiana Tischler
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