Comece já o DESAPEGO!
Entre em 2014 com espaço sobrando para o novo
Que atire a primeira pedra quem não tem ou já teve um brinquedo guardado que não usa mais, um jeans que há anos não serve ou objetos que só acumulam pó. Segundo a psicóloga Liana Melchiors, 29, sendo seis anos de profissão, muitos têm dificuldades em desapegar de algumas coisas e usam a desculpa de que um dia poderão precisar delas. “Elas associam o objeto a um bom momento de suas vidas e depositam valor sentimental nele. Então, desfazer-se dele pode causar muito sofrimento”, observa.
Entretanto, o apego excessivo pode ser muito perigoso. Além de ter em casa gavetas e armários abarrotados de coisas inúteis, dando a sensação de desleixo, quem não se desfaz do que não precisa pode estar desenvolvendo uma compulsão por armazenamento. “Neste caso, podem aparecer sintomas como ansiedade, medo e depressão. Há medo de perder, ou já perderam algo e não souberam lidar com isso”, explica Liana.
QUANDO VIRA DOENÇA – Os acumuladores, em casos mais graves, podem estar mostrando um sintoma de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e a ajuda de um profissional é muito importante. “Para quem simplesmente guarda coisas por mero apego, é preciso o entendimento de que outros podem se beneficiar com roupas e objetos que não estão em uso”, conclui a psicóloga.
Comece hoje mesmo o desapego, ajude quem precisa e, de quebra, inicie 2014 com espaço para o novo:
. Comece por refletir a importância do objeto e a necessidade de guardá-lo;
. Pense em possíveis destinos para ele;
. No caso de roupas, por exemplo, se não usamos durante toda uma estação certa peça, possivelmente não a usaremos no próximo ano;
. Quanto às crianças, é importante ensiná-las a doar brinquedos e roupas que não estão em uso. Também estimule a solidariedade e o desapego.
"As lembranças dos bons momentos que vivemos devem ficar em nossa memória apenas. Os objetos doados podem levar novas alegrias a quem recebe."
Liana
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