Tá na hora de mamar!
Mais do que um ato de amor, a amamentação traz benefícios para a mãe e para o bebê
O vínculo entre mãe e bebê é essencial para que os filhos se desenvolvam de maneira segura e feliz. Para garantir essa ligação, a amamentação logo após o parto é fundamental. Além de estimular todos os sentidos da criança, o aleitamento materno é considerado a melhor forma de alimentação dos pequenos até os seis meses de vida, pois fornece todos os nutrientes e anticorpos necessários para que o bebê cresça saudável e não precise de nenhum outro alimento, nem mesmo água nessa fase.
Iniciativa: a coordenadora da materno-infantil Elisiane da Rosa orientando a mãe Ana Lenahrdt sobre a amamentação
Não é só a criança que ganha com o aleitamento. Ele também é fundamental para a mãe. Quando a mulher está amamentando, são mobilizados diversos recursos do seu próprio organismo que aceleram a recuperação pós-parto e o corpo e útero voltam mais rapidamente ao normal. Apesar de trazer tantos benefícios, o desmame precoce ainda é uma realidade. A falta de experiência e de informações sobre a forma de amamentar são os pontos que mais desmotivam a mãe a insistir em dar o peito a seu filho.
Para tentar reverter esse quadro, em Cachoeira do Sul um grupo de profissionais voluntários de diversas áreas da saúde se uniu para incentivar o aleitamento. Há cinco anos o Grupo Unidos Pelo Peito (GUPP) vem desenvolvendo iniciativas para conscientizar as mães sobre a importância do aleitamento materno. Além disso, o Hospital de Caridade e Beneficência (HCB) mantém desde 2000 o projeto Amigos do Peito. “Através dessa iniciativa todos os funcionários do HCB passam por um treinamento para se tornarem multiplicadores, ou seja, poderem orientar nossas gestantes sobre a importância do aleitamento”, explica a coordenadora de enfermagem do HCB, Fernanda Fontoura, 27 anos de idade e quatro de profissão. Além disso, a equipe da enfermagem sempre acompanha a primeira mamada para ensinar as mães a posição correta e os benefícios que trará à sua saúde e à do bebê.
E a mulher que trabalha fora?
Para garantir que a mãe que trabalha fora também amamente, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) assegura a todas as gestantes que trabalham com carteira assinada o direito a 120 dias de licença-maternidade a partir do oitavo mês de gestação. Terminado esse período, a mulher não precisa interromper a amamentação. Quando retornar ao trabalho, terá também o direito legal a dois descansos diários remunerados, de meia hora cada, para amamentar seu filho, até que ele complete seis meses de idade.
Os principais benefícios que o leite materno oferece ao bebê:
. Contém endorfina, substância química que ajuda a suprimir a dor
. Contém proteína e gordura mais adequadas para a criança e na quantidade certa
. Possui mais açúcar do que os outros leites e vitaminas em quantidades suficientes. Para a criança que mama no peito não há necessidade de suplementos vitamínicos
. Ele é facilmente digerido e absorvido
. Crianças que tomam mamadeira têm maior risco de obesidade na vida adulta
. Crianças em aleitamento materno exclusivo têm menos quadros infecciosos, pois o leite é estéril, isento de bactérias e contém fatores antiinfecciosos
. O ato de sugar o seio é importante para o desenvolvimento das mandíbulas. Dificuldades de fala e com a língua são freqüentes em bebês alimentados com mamadeira porque eles tentam fazer com que o leite flua de um bico artificial.
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