Ter um animal de estimação exige cuidado
Está provado que animais de estimação melhoram o estado de espírito e a saúde de seus donos. Entretanto, essa relação não pode ser boa só para um. Os bichos também precisam ser bem cuidados. Por isso, quem está pensando em ter um deve saber como ser um bom dono. LINDA convidou o veterinário Ricardo Caputi de Campos, 31 anos, sendo oito de profissão, para revelar os mandamentos para quem quer adotar um novo amiguinho.
1 Antes de adquirir um bicho, pergunte à família se todos estão de acordo. Alguém terá que se responsabilizar pelos cuidados, inclusive nos períodos de férias e feriados. Além disso, saiba que é preciso ter recursos para mantê-lo, já que precisarão de alimentação, vacinas e eventuais idas ao veterinário. “Também leve em conta o tipo de pelagem do animal. Cães de pelos longos requerem maiores cuidados, como banho e escovação”, observa Campos.
2 Não compre um bichinho por impulso. Ao adquirir um animal é preciso ter consciência de que será responsável por ele, em geral, por mais de uma década. “Muitas vezes, os proprietários adquirem os filhotes por serem bonitinhos, se esquecendo que eles crescem, se tornam adultos e envelhecem como todos nós”, ressalta o veterinário.
3 Cada raça de cachorro tem características próprias, por isso, informe-se sobre antes de adquirir o animal. “Filhotes normalmente não gostam de ficar sozinhos por muito tempo. Especialmente quem mora em apartamento, lembre-se do barulho e incômodo que o animal pode fazer”, diz Campos.
4 Todo cachorro precisa passear, mas não os deixe saírem sozinhos para a rua e, quando for passear com ele, use coleira. “Cães de grande porte, como por exemplo pastor alemão, rottweiller e pitbull, além da coleira, necessitam de focinheira”, observa. Já quando estiver com ele em casa, evite mantê-lo acorrentado.
5 Ao sair na rua com seu cachorro, recolha a sujeira que ele fizer. Essa é uma regra básica de civilidade, higiene e saúde pública. Algumas doenças podem ser transmitidas a outros animais e aos seres humanos através das fezes de cães e gatos.
6 Cuide da saúde do animal. Providencie local e alimentação adequados (não dê sobras de comida, que em geral não atendem às necessidades nutricionais do bicho). Não deixe água estagnada no pote, vacine, dê banho, escove e exercite-o. “Não procure o veterinário somente quando estiverem doentes. Um check-up anual com, exames clínicos e de sangue, é sempre recomendado”, diz.
7 A saúde psicológica também precisa de cuidados. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele. Não o castigue nem o maltrate.
8 Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite suas características, ou seja, não queira exigir o que ele não consegue fazer. “Tenha pulso firme quando quiser educar seu animal, mas nunca utilize a violência. Cães que apanham normalmente se tornam animais violentos”, observa o veterinário.
9 Identifique o animal com plaqueta. Chips eletrônicos e tatuagens também ajudam a identificar bichos perdidos.
10 Evite crias indesejadas castrando os animais. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contraindicações. “Ela também evita que os animais perambulem pelas ruas, evitando brigas e atropelamentos”, completa.